Distribuição Geográfica e Variação Fenotípica de Tantilla Boipiranga Sawaya & Sazima, 2003 (Serpentes, Colubridae)

Autores

  • Adriano Lima Silveira
  • Giselle Agostini Cotta
  • Maria Rita Silvério Pires

Palavras-chave:

Tantilla boipiranga, Colubridae, Taxonomia, Distribuição geográfica, Serra do Espinhaço

Resumo

A partir da descoberta de novos exemplares de Tantilla biopiranga, são apresentadas novas localidades de registro e variações de morfologia e coloração da espécie, a qual era conhecida anteriormente apenas para a Serra do Cipó, ao sul da Cadeia do Espinhaço, Minas Gerais, Brasil. Tantilla boipiranga é aqui registrada em duas localidades, nos Municípios de Ouro Preto e Alvorada de Minas, em Minas Gerais. As novas localidades também se situam no sul da Cadeia do Espinhaço, o que indica tratar-se de espécie endêmica dessa formação. Foram obtidas as seguintes variações de coloração e morfologia nos exemplares de Ouro Preto: presença de linha longitudinal vertebral preta, evidente ou vestigial, em alguns exemplares; capuz cefálico preto estendendo-se até a região temporal ou presença de mancha preta isolada nessa região; presença de colar nucal branco estreito logo após o colar preto; menor número de escamas ventrais (143-147 nos machos, 153-158 nas fêmeas); menor número de subcaudais (56-67 nos machos, 51-58 nas fêmeas). As variações encontradas permitiram diferenciar as duas populações conhecidas da espécie, da Serra do Cipó e de Ouro Preto, sendo propostas duas hipóteses: T. boipiranga apresentaria sistema de metapopulações, com diferentes estados de caracteres em cada população, ou a espécie apresentaria uma única população no sul Cadeia do Espinhaço e exibiria variação clinal dos caracteres analisados. A partir das variações descritas, é apresentada uma nova diagnose para T. boipiranga.

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Publicado

2021-10-28

Edição

Seção

ZOOLOGIA