Estudo dos meteoritos brasileiros do Museu Nacional – I: petrografia e mineralogia do meteorito condrito l3 Santa Vitória do Palmar, Rio Grande do Sul

Autores

  • Maria Elizabeth Zucolotto
  • Loiva Lizia Antonello

Palavras-chave:

Petrografia, Mineralogia, Meteorito, Condrito, Santa Vitória do Palmar

Resumo

O condrito Santa Vitória do Palmar, foi achado em 2003 no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil (33°30’56’’ S, 53°24’65’’W). Consiste em três massas (34kg, 4,34kg e 1,57kg), exibindo crosta de fusão preta e enferrujada e várias depressões (regmaglitos). Não se sabe se o achado está correlacionado com o bólido brilhante observado em 1997 na mesma região. Investigações microscópicas mostram que o meteorito apresenta textura condrítica bem desenvolvida típica do tipo 3. Apresenta côndrulos de diferentes tipos (piroxênio-radial, olivina-barrada, criptocristalino; olivina-porfirítica, piroxênio-porfirítico, olivina-piroxênio porfirítico, olivina granular e côndrulos compostos) muito bem delineados, por vezes, circundados por toilita e matriz Huss. Estudos mineralógicos mostram que o meteorito contém principalmente olivina Fa (0.5-35.2), piroxênio Fs (0.5-31.6), com pequena quantidade de Fe-Ni metálico (kamacita, taenita e plessita), troilita. Com base nas feições texturais e dados químicos, o meteorito Santa Vitória do Palmar está classificado como membro inequilibrado do grupo L condrito. A textura bem definida e a presença de material vítreo indicam o tipo petrológico 3 e subtipo 3,4-3, 6, com estágio de choque S3/4 e grau de intemperismo W1/2.

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Publicado

2021-11-12

Edição

Seção

GEOLOGIA E PALEONTOLOGIA