Petrografia e Evolução Magmática da Suíte Serrinha, Porção Meridional do Cráton São Francisco, Estado de Minas Gerais, Brasil

Autores

  • Ciro Alexandre Ávila
  • Héctor Rolando Barrueto
  • Joel Gomes Valença
  • André Ribeiro
  • Ronaldo Mello Pereira

Palavras-chave:

Quartzo diorito, Granodiorito, Granófiro, Andesito, Riólito, Suíte Serrinha

Resumo

A suíte Serrinha localiza-se na porção meridional do Cráton São Francisco e é representada pelo quartzo diorito do Brito, granodiorito Brumado de Cima, granodiorito Brumado de Baixo, dois corpos granofíricos e dois corpos subvulcânicos – vulcânicos félsicos. As relações de campo apontam que os corpos da suíte Serrinha são intrusivos em rochas metamáficas, metaultramáficas e metassedimentares do greenstone belt Nazareno, apresentando xenólitos de rochas anfibolíticas e quartzíticas desse greenstone. A grande similaridade petrográfica entre os corpos da suíte Serrinha permite a inferência de um mesmo magma progenitor para estes, porém as diversidades texturais apontam para condições de cristalização distintas, controladas por um processo de perda de elementos voláteis e resfriamento do magma em diferentes níveis crustais. Nos corpos com textura “granítica” fina, os elementos voláteis do magma se desprenderam lentamente, a taxa de nucleação foi elevada, principalmente para o plagioclásio e a velocidade de crescimento dos cristais foi alta, enquanto nas rochas subvulcânicas – vulcânicas os elementos voláteis escaparam muito rapidamente do magma, a taxa de nucleação foi baixa e a velocidade de crescimento dos cristais foi mínima. Caracterizou-se que as rochas subvulcânicas – vulcânicas da suíte Serrinha estariam associadas ao intervalo temporal entre 2220 ± 3 Ma e 1,8 Ga, correspondendo a um novo pulso magmático félsico na borda meridional do Cráton São Francisco.

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Publicado

2021-12-08

Edição

Seção

GEOLOGIA E PALEONTOLOGIA