Geologia e Petrografia do Quartzo Monzodiorito Glória, Cinturão Mineiro, Porção Sul do Cráton São Francisco, Estado de Minas Gerais

Autores

  • Ciro Alexandre Ávila
  • Wilson Teixeira
  • Ronaldo Mello Pereira

Palavras-chave:

petrografia, metamorfismo, metassomatismo, Cinturão Mineiro, Paleoproterozóico

Resumo

A região entre as cidades de Lavras e Conselheiro Lafaiete, na borda meridional do Cráton São Francisco, é caracterizada pela presença de diversos corpos plutônicos félsicos e máficos, que encontram-se relacionados à evolução paleoproterozóica do Cinturão Mineiro. Dentre os corpos máficos, destaca-se o Quartzo Monzodiorito Glória, que ocorre encaixado em anfibolitos e rochas metassedimentares da Faixa Greenstone Rio das Mortes. Este corpo apresenta enclaves de rochas metaultramáficas e anfibolitos, além de ser cortado por pegmatitos, diques e apófises correlacionados ao Granitóide Ritápolis. As rochas do Quartzo Monzodiorito Glória foram subdivididas em três fácies granulométricas (fina, fina/média, média), que são mesocráticas e abrangem litótipos dioríticos, quartzo dioríticos, quartzo monzodioríticos, tonalíticos e, muito restritamente, quartzo monzoníticos. Sugere-se que as rochas dessas três fácies poderiam ser membros cogenéticos de uma associação ígnea originada a partir da diferenciação de um magma subalcalino andesítico/diorítico. A mineralogia primária do Quartzo Monzodiorito Glória foi parcialmente substituída por uma paragênese metamórfica de fácies xisto verde, representada principalmente por actinolita, albita, titanita e epidoto. Fluidos potássicos relacionados aos diques do Granitóide Ritápolis proporcionaram o crescimento metassomático de biotita a partir da substituição da actinolita de origem metamórfica. Propõe-se que as transformações metamórficas e metassomáticas potássicas estariam associadas ao intervalo entre 2.131 ± 4 Ma e 2.121 ± 7 Ma e, desta forma, relacionadas à evolução paleoproterozóica do Cinturão Mineiro.

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Publicado

2021-12-09

Edição

Seção

GEOLOGIA