Sobre uma seqüência de vértebras sacrocaudais de um dinossauro terópode da Formação Santana, Cretáceo Inferior, Nordeste do Brasil
Autores
Jonathas de Souza Bittencourt
Alexander Wilhelm Armin Kellner
Palavras-chave:
Spinosauroidea, Dinosauria, Formação Santana, Cretáceo Inferior, Brasil
Resumo
Restos de terópodes de depósitos fossilíferos brasileiros são raros, sendo a maioria dos espécimens incompletos. O Membro Romualdo (Aptiano/Albiano) da Formação Santana forneceu até então seis exemplares. Somando-se a estes é descrito uma sequência de seis vértebras sacrais posteriores, seis anteriores com três chevrons (MN 4743-V). Diferenças marcantes entre MN 4743-V e alguns táxons dos principais grupos de Theropoda, como Ceratosauria, Allosauroidea e Coelurosauria não permitem que este material seja associado a algum destes clados. Por outro lado, MN 4743-V apresenta uma semelhança marcante com os Spinosauroidea (Spinosauridae+Torvosauridae), que é a presença de duas lâminas robustas sob o processo transverso, delimitando três fossas. A ausência de processos pareados na parte proximal do chevron sugere que, dentro de Spinosauroidea, MN 4743-V seja um membro de Spinosauridae, o que é congruente com achados prévios de espinossaurídeos no Membro Romualdo. MN 4743-V difere dos demais exemplares com elementos sacro-caudais encontrados no Membro Romualdo, indicando a presença de pelo menos cinco espécies de terópodes neste depósito.