No presente trabalho é descrita uma nova espécie de megatrigonídeo: Anditrigonia britoi sp.n. Os exemplares provém dos arenitos conglomeráticos de três novas localidades fossilíferas dos municípios de Riachuelo e Divina Pastora, pertencentes à formação Riachuelo (membro Angico) do Estado de Sergipe, Brasil. A. britoi provavelmente possuia hábito de vida infaunal vágil, com enterramento verticalizado a pequena profundidade, sendo uma forma de biválvio suspensívoro habitante primário de substratos moles (sensu Seilacher, 1984) em ambiente marinho transicional raso, com níveis normais de oxigênio, alta turbidez e baixa salinidade, típico dos leques aluviais existentes na região durante o Eo-albiano. O gênero, ainda não registrado em bacias brasileiras ou do Atlântico Sul, é tipicamente encontrado na costa pacífica das América do Norte e do Sul. A presente ocorrência de A. britoi, associada ao amonóide Douvilleiceras sp., em estratos eo-albianos, amplia a ocorrência geográfica e temporal do gênero, agora estabelecida entre o Bajociano (Eojurássico) ao Eo-albiano (Eocretáceo).