Identificação Microscópica dos pêlos das Espécies Brasileiras de Alouatta Lacépède, 1799 (Primates, Atelidae, Alouattinae)

Autores

  • Bianca Ingberman
  • Emygdio L. A. Monteiro Filho

Palavras-chave:

Alouatta, Cutícula, Medula, Chave de identificação, Tricologia

Resumo

No presente estudo, a estrutura dos pêlos de cinco espécies de bugios brasileiros é descrita empregando-se métodos de diafanização, para a visualização da medula, e de impressão cuticular. Neste estudo, um novo padrão de escamas cuticulares e quatro padrões de células de medula são descritos. Em relação às escamas, Alouatta guariba apresenta escamas cuticulares em um padrão ondeado transversal, com as bordas ornamentadas e predominantemente contínuas, podendo apresentar algumas descontínuas; Alouatta caraya apresenta escamas variando entre dois padrões ondeados transversais: um com as bordas alternando-se entre contínuas e descontínuas e outro com as bordas predominantemente contínuas. Alouatta belzebul apresenta escamas ondeadas irregulares com as bordas interrompidas, sendo que o terço apical são de forma ondeada transversal, com as bordas variando entre contínuas e descontínuas; Alouatta seniculus apresenta escamas ondeadas transversais com as bordas interrompidas, ao passo que Alouatta nigerrima apresenta escamas ondeadas transversais estreitas, com as bordas interrompidas. Em relação às células da medula, A. guariba apresenta-as unisseriadas isoladas semi-escalariformes; em A. caraya são unisseriadas justapostas estômatoformes, em A. belzebul unisseriadas justapostas retangulariformes, em A. seniculus granuláceas e em A. nigerrima as células da medula são unisseriadas justapostas fusiformes inteiras e homogêneas. Por meio destas características foi possível encontrar diferenças significativas entre as cinco espécies e assim elaborar uma chave de identificação para as mesmas. Foram analisados também pêlos de indivíduos jovens, revelando que a pelagem dos jovens ainda não apresenta o padrão encontrado na pelagem dos adultos, provavelmente por questões ontogenéticas.

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Publicado

2021-12-13

Edição

Seção

ZOOLOGIA