A tese leibniziana do melhor dos mundos possíveis

Autores

  • Paul Rateau Université de Paris I - Sorbonne

DOI:

https://doi.org/10.35920/arf.v21i1.16230

Palavras-chave:

Leibniz, melhor mundo possível, compossibilidade, harmonia universal, mal, perfeição, best possible world, compossibility, universal Harmony, evil, perfection

Resumo

Resumo: O objetivo deste artigo é explicar o sentido da tese do melhor dos mundos possíveis. Para Leibniz, o melhor deve ser compreendido no sentido do método de Formis optimis, isto é, como o que reenvia, em um gênero dado, à forma a mais determinada. Essa última é a um só tempo única e a mais racional. Assim, a perfeição do mundo não resulta do fato de que ele concentraria a maior quantidade de essência ou de bem (perfeição quantitativa), mas do fato de que ele constitui a ordem a mais inteligível, na qual cada coisa, sem ser necessariamente a mais perfeita em si mesma, contribui, no entanto, com a harmonia universal, ou seja, a unidade de uma multiplicidade que preenche da melhor maneira possível os fins divinos (perfeição qualitativa).

Abstract:The aim of this paper is to explain the significance of Leibniz's thesis of the best possible world. For Leibniz, the best is to be understood in the sense of the method de Formis optimis, as what refers, for a given sort of things, to the most determined form, which is both unique and the most rational one. Thus, the perfection of the world does not result from its containing the largest quantity of essence and of good (quantitative perfection), but from its forming the most intelligible order, in which every single thing, without being necessarily the best in itself, nevertheless contributes to the universal harmony, that is to the unity of a manifold fulfilling the divine ends in the best possible way (qualitative perfection).

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Publicado

20-03-2018