A tese leibniziana do melhor dos mundos possíveis
DOI:
https://doi.org/10.35920/arf.v21i1.16230Palavras-chave:
Leibniz, melhor mundo possível, compossibilidade, harmonia universal, mal, perfeição, best possible world, compossibility, universal Harmony, evil, perfectionResumo
Resumo: O objetivo deste artigo é explicar o sentido da tese do melhor dos mundos possíveis. Para Leibniz, o melhor deve ser compreendido no sentido do método de Formis optimis, isto é, como o que reenvia, em um gênero dado, à forma a mais determinada. Essa última é a um só tempo única e a mais racional. Assim, a perfeição do mundo não resulta do fato de que ele concentraria a maior quantidade de essência ou de bem (perfeição quantitativa), mas do fato de que ele constitui a ordem a mais inteligível, na qual cada coisa, sem ser necessariamente a mais perfeita em si mesma, contribui, no entanto, com a harmonia universal, ou seja, a unidade de uma multiplicidade que preenche da melhor maneira possível os fins divinos (perfeição qualitativa).
Abstract:The aim of this paper is to explain the significance of Leibniz's thesis of the best possible world. For Leibniz, the best is to be understood in the sense of the method de Formis optimis, as what refers, for a given sort of things, to the most determined form, which is both unique and the most rational one. Thus, the perfection of the world does not result from its containing the largest quantity of essence and of good (quantitative perfection), but from its forming the most intelligible order, in which every single thing, without being necessarily the best in itself, nevertheless contributes to the universal harmony, that is to the unity of a manifold fulfilling the divine ends in the best possible way (qualitative perfection).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-ND 4.0), que permite a redistribuição, comercial ou não comercial, desde que a obra original não seja modificada e que seja atribuído o crédito ao autor.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).