Do real ao singular pela mediação do universal
Palavras-chave:
Conhecimento direto dos universais, conhecimento indireto dos singulares, reflexão, convesão aÌ€ imagem sensiÌvel, conceito, juiÌzo,Resumo
Tomás de Aquino afirma que o intelecto humano pode conhecer indiretamente o singular material por uma certa reflexão, graças à conversão à imagem sensível (phantasma). O artigo analisa e questiona a relação entre as noções de 'certa reflexão' e 'conversão ao fantasma', tendo em vista as afirmações de Tomás de que [a] o intelecto humano não pode conhecer direta e primeiramente o singular material; [b] no presente estado da vida não há intelecção em ato sem conversão à imagem sensível; [c] a imagem sensível é uma similitude de um singular material; [d] o conhecimento pelo intelecto do singular material envolve uma espécie de reflexão que é diferente da reflexão constitutiva de todo ato judicativo direto. O artigo procura mostrar as dificuldades para harmonizar estas afirmações no contexto da epistemologia tomista.
Abstract
Thomas Aquinas says that the human intellect can know indirectly the singular in the material things turning to the sensible images (convertendo se ad phantasmata) by a kind of reflection. This article analyses the relationship between the notions of "turning to the sensible images" and "a kind of reflection" in view of Aquinas's affirmations that [a] the human intellect cannot know directly and primarily the singular in material things; [b] it is impossible for the human intellect to understand anything actually without turning to the sensible images; [c] the sensible image is the likeness of an individual thing; [d] the knowledge of the singular material assumes a kind of reflection different from the reflection assumed by the direct judgments. I show the difficulty in harmonizing these statements in the conceptual framework of Thomistic epistemology.
Recebido em 07/04
Aprovado em 08/04
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