Tomás de Aquino contra Averróis: uma defesa cosmológica da hipótese real do vacuum in natura

Autores

  • Evaniel Brás dos Santos Faculdade Católica de Feira de Santana

DOI:

https://doi.org/10.35920/arf.v21i2.22466

Palavras-chave:

Tomás de Aquino, vazio, natureza, força, locomoção, corpos simples

Resumo

Analiso neste artigo a presença na cosmologia de Tomás de Aquino da hipótese real do vacuum in natura afirmada no contexto da discussão sobre a geração e os primeiros instantes da locomoção natural dos corpos simples sublunares. Para tanto, o texto possui três partes. Primeiro, mostro porque o vaccuum in natura é uma discussão pertencente ao domínio da cosmologia entendida como matriz disciplinar cujo objeto é o cosmo enquanto conjunto dos corpos simples. Na segunda parte, por sua vez, apresento a discussão geral sobre a noção de vazio que Tomás estabelece com Aristóteles. Enfim, na terceira parte, exponho, por um lado, a crítica de Tomás à tese de Averróis segundo a qual a resistência é necessária para a locomoção natural e, por outro lado, a hipótese tomista baseada nas noções de generans e vis sobre a locomoção natural e finita no vazio.

 

Abstract:

In this article I analyze the presence in the cosmology of Thomas Aquinas of the real hypothesis of the vacuum in natura affirmed in the context of the discussion about the generation and the first instants of the natural locomotion of the sublunary simple bodies. To do so, the text has three parts. Firstly I show why the vaccuum in natura is a discussion belonging to the domain of cosmology understood as a disciplinary matrix whose object is the cosmos as a set of simple bodies. In the second part, I present the general discussion of the notion of void that Aquinas establishes with Aristotle. Finally, in the third part, I present, on the one hand, Aquinas’s critique of Averroes’ thesis that resistance is necessary for natural locomotion and, on the other hand, the Thomistic hypothesis based on the notions of generans and vis on locomotion natural and finite in the void.

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Publicado

06-01-2019