Compatibilizando Teoria da Ação e Racionalidade Prática a Partir do Conceito de “Intenção”
DOI:
https://doi.org/10.35920/arf.v22i1.24736Palavras-chave:
Davidson, ação, crença, intenção, racionalidade,Resumo
O objetivo desse artigo será apresentar parte do debate atual sobre o papel da intenção na teoria da ação e na racionalidade prática. Para isso, iniciarei com a perspectiva do autor responsável pela retomada da filosofia da ação na contemporaneidade, Donald Davidson. Após oferecer uma breve exposição da concepção davidsoniana da intenção e da ação, e sobre os modelos teóricos “crença-desejo” e “crença-desejo-intenção” na filosofia da ação, pretendo desenvolver algumas considerações sobre o aspecto normativo da racionalidade prática (no sentido em que envolve “razões para”) e o papel que a intenção tem nesse processo. Para isso, apresento o modo como Michael Bratman (1987) desenvolve uma linha de argumentação a favor de um tipo de função que a intenção pode desempenhar como input no raciocínio prático, argumentando em prol de um papel genuíno para a intenção em uma concepção de racionalidade prática. Por fim, apresento alguns desdobramentos da discussão sobre o modelo crença-desejo versus o modelo crença-desejo-intenção como propostas conflitantes para a explicação da racionalidade prática.
Abstract
This paper aims to present part of the current debate about the role of intention in action theory and practical rationality. For this, I begin with the perspective of the philosopher responsible for the resumption of contemporary philosophy of action, Donald Davidson. After a brief exposition of davidsonian conception of intention and action, and of “belief-desire” and “belief-desire-intention” theoretical models in philosophy of action, I intend to develop some considerations about the normative aspect of practical rationality (in the sense that it involves “reasons for”) and the role of intention in that process. For this, I present the way that Michael Bratman (1987) develops a line of argumentation in favor of a certain type of role intention can play as input in practical reasoning, arguing for a genuine role for intention in a conception of practical rationality. Finally, I present some outspread on belief-desire versus belief-desire-intention discussion, as competing proposals for practical rationality explanation.
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