A teoria cartesiana da substância: equivocidade ou analogia?

Autores

  • Jean-Marie Beyssade Université de Paris IV, Sorbonne

Resumo


A reflexão sobre o eu pensante, sobre o ego do cogito conduziu Descartes a uma idéia nova de substância. Ele teve de ultrapassar tensões, e mesmo contradições, antes de atingir o sistema unificado dos Princípios, isso que se pode chamar de sua "tábua de categorias". Em definitivo, a infinitude de Deus não se opõe à substancialidade, característica mesma das criaturas: o infinito é a essência mesma da substância. Essa doutrina não é um pensamento da equivocidade, mas sim de "graus de semelhança", quer dizer, um pensamento da analogia.


Résumé

La réflexion sur le moi pensant, sur l'égo du cogito, a conduit Descartes à une idée neuve de la substance. Il a dû surmonter des tensions, voire des contradictions, avant d'aboutir au système unifié des Principes, à ce qu'on peut appeler sa "table des catégories". En définitive, l'infinité de Dieu ne s'oppose pas à la substantialité, caractéristique des seules créatures: l'infini est l'essence même de la substance. Cette doctrine n'est pas une penssée de l'équivocité mais bien « degrés de ressemblance », c'est-à-dire une pensée le l'analogie.


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Publicado

2013-08-01