Hume, as paixões e a motivação
Resumo
A visão de Hume sobre a motivação costuma ser considerada o paradigma da concepção instrumental da racionalidade. Porém, esta concepção não aparece em seus textos. Para Hume, falando estritamente, não haveria nada de especificamente racional na escolha de um meio em vista de um fim que procuramos. Com sua teoria das paixões, Hume pretendia oferecer uma explicação alternativa para dar conta daquilo que a tradição racionalista tinha chamado de ação racional, prudência e moralidade. É, no entanto, interessante, ver por que aquela teoria das paixões não pôde ser conservada pelos humeanos contemporâneos que se baseiam no modelo "crença-desejo".
Abstract
Hume's account of motivation has been considered as a paradigmatic conception of instrumental rationality. However, such a conception does not appear in his texts. In this article I show that for Hume, strictly speaking, there is nothing specifically rational in choosing a means for an intended end. I argue that with the theory of the passions Hume intended to offer an alternative account of rational action, prudence and morality vis a vis the rationalist tradition. It is also interesting to see why Hume´s theory of the passions could not be preserved by contemporary neo-Humeans that defend the belief-desire model.
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