Predicação, verdade e existência em Kant
Resumo
O objetivo deste texto é mostrar que a tese kantiana "a existência não é um predicado real" não pretende dever-se a qualquer "insight" quanto ao significado da palavra "existência". Ao invés disso, podemos supor que Kant pretende que, por "existente", compreende-se, independente de considerações filosóficas, algo como "ser algo que tem alguma realidade ou propriedade independentemente de ser pensado" e podemos mostrar que as peculiaridades no comportamento lógico da noção de existência são antes conseqüência da concepção kantiana sobre o que faz dos nossos pensamentos pensamentos verdadeiros: em última análise, é o que existe que torna verdadeiros nossos pensamentos.
Abstract
The purpose of this paper is to show that the kantian thesis "existence is not a real predicate" is not intended to be owed to any "insight" into the meaning of the word "existence". Rather, we can assume that Kant takes "existent" to have a meaning that is supposed to be independent of philosophical considerations -- simply that of "to be something that has some reality or property independent of being thought" -- and we could see the "logical behaviour" of the notion of existence as a consequence of Kant's view about what makes our thoughts true thoughts: existence cannot behave like real predicates because it is only what exists that, in the last resort, makes our thoughts true (or false).
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