Luz e sombras - Da determinação completa aos juízos infinitos
Resumo
O trabalho se destina a elucidar os motivos pelos quais Kant postula, na Crítica da Razão Pura, a tese de que os juízos infinitos não se reduzem aos afirmativos nem aos negativos. A distinção não parece se sustentar na abordagem extensional que é própria da Lógica Geral, onde o juízo infinito se mostra logicamente redutível às demais qualidades do juízo. Seguindo uma anotação de Kant, tento mostrar que a função dos juízos infinitos tem emprego imprescindível no Princípio da Determinação Completa e na utilização deste para se formular o Ideal da Razão Pura, o que exige, no entanto, que se adote uma perspectiva intensional para a predicação, uma perspectiva que suplanta os horizontes da Lógica Formal mas que atende aqui às demandas sistêmicas da Razão.
Abstract
Our task is to explain the reason why Kant claims in the Critique of Pure Reason that infinite judgments are not reducible to the affirmative judgments or to the negative ones. The distinction does not seem justifiable in the extensional approach that is proper of General Logic, where the infinite judgment shows itself as reducible to the other judgment's qualities. Following a Kant's note, I try to show that the function of infinite judgments has an essential application in the Principle of Thorough Determination and in its use to conceive the Ideal of Pure Reason. This hypothesis will request an intensional approach of predication, an approach that exceeds General Logic but answers to the systemic claims of Reason.
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