Escravidão, abolição e cidadania na ficção baiana da Primeira República
Resumo
O texto analisa como as questões que envolviam a abolição poderiam implicar em modelos de cidadania para o negro na Bahia da Primeira República. Para isso, avalio a ficção produzida por Anna Ribeiro (1843-1930) e Xavier Marques (1860- 1942). Ela, ex-senhora de engenho e de escravos. Ele, jornalista e abolicionista. Na literatura dela, a abolição teria sido fruto da “imprevidência da Princesa Isabel e seus Ministros”. Na prosa dele, a abolição teria sido um processo provocado por abolicionistas e negros. Ela constrói enredos e personagens que expressam o paternalismo peculiar às elites baianas. Para ele, os tipos sociais indicam que negros e mestiços teriam sido sujeitos de sua própria liberdade – e posterior cidadania. São representações e discursos distintos que indicam o lugar social daqueles que os produziu. Um confronto literário que, na ficção, discutia modelos baseados nos conceitos de raça e cidadania veiculados no decorrer do Brasil da Primeira República.
Palavras-chave
Literatura; Pós-abolição; Cidadania
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