A MARCHA PARA OESTE E A FRONTEIRA SUL DE MATO GROSSO (1937-1945)

Autores

  • Carlos Alexandre Barros Trubiliano Universidade Federal de Rondônia

Palavras-chave:

República, Estado Novo, Mato Grosso, Fronteiras,

Resumo

A fronteira brasileira nas primeiras décadas do século XX apresentou-se como um espaço incógnito. Parte integrante dessas apreensões, o sul de Mato Grosso, região limítrofe com as nações vizinhas — Paraguai e Bolívia — é o objeto de análise deste artigo. Deste modo, em 1937, O programa intitulado Marcha para Oeste, teve como proposta, por a nação em “movimento” à procura do alargamento do território nacional, bem como, a ocupação de seus “espaços vazios”. No âmbito discursivo, o programa sugeriu a criação de uma nova imagem para o Brasil, marcado por “novos valores”, e a intervenção nos domínios da cultura, da política, da educação e da economia, com vistas a construir a figura de um país unificado, mais homogêneo em sua língua, seus costumes e ideias. O objetivo do presente artigo é discutir os discursos e as estratégias de colonização do governo varguista no sul de Mato Grosso.

Biografia do Autor

Carlos Alexandre Barros Trubiliano, Universidade Federal de Rondônia

Professor Adjunto de História Contemporânea na Universidade Federal de Rondônia (Unir); Doutor em História pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus de Franca.

Referências

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Publicado

2021-07-27

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Artigos Livres