IDENTIDADE MASCULINA E AGRESSIVIDADE: LIMITES PARA O ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Autores

  • Mirela Marin Morgante Universidade Federal do Espírito Santo

Palavras-chave:

Identificação, Agressividade, Violência de gênero,

Resumo

Na sociedade contemporânea de dominação masculina, a linguagem do senso comum constrói as identidades de gênero por meio de uma perspectiva essencialista, de diferenciação e de oposições binárias. A identidade masculina é a positiva, marcada pelo poder, pelo domínio, pela razão, pela frieza e pela agressividade, em oposição à identidade feminina – negativa, é o Outro, o diferente –, que se associa à submissão, à passividade, à paixão, à natureza, à inferioridade, ao cotidiano e à fraqueza. O presente artigo pretende analisar o processo de produção da identidade masculina e suas características, particularmente no que se refere à agressividade presente na dinâmica de identificação dos homens, que dificultam o enfrentamento à violência de gênero. O objetivo é mostrar que com uma produção identitária marcada pela exclusão e pela diminuição do outro, assim como pela violência e pela agressividade, é difícil o rompimento por parte dos homens das relações violentas que permeiam suas vidas, especialmente no que se refere ao rompimento de relações agressivas contra as mulheres.

Biografia do Autor

Mirela Marin Morgante, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em História Social das Relações Políticas da Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória, Brasil. Bolsista da FAPES.

Referências

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Publicado

2021-07-27

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Artigos Livres