IDENTIDADE MASCULINA E AGRESSIVIDADE: LIMITES PARA O ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Palavras-chave:
Identificação, Agressividade, Violência de gênero,Resumo
Na sociedade contemporânea de dominação masculina, a linguagem do senso comum constrói as identidades de gênero por meio de uma perspectiva essencialista, de diferenciação e de oposições binárias. A identidade masculina é a positiva, marcada pelo poder, pelo domínio, pela razão, pela frieza e pela agressividade, em oposição à identidade feminina – negativa, é o Outro, o diferente –, que se associa à submissão, à passividade, à paixão, à natureza, à inferioridade, ao cotidiano e à fraqueza. O presente artigo pretende analisar o processo de produção da identidade masculina e suas características, particularmente no que se refere à agressividade presente na dinâmica de identificação dos homens, que dificultam o enfrentamento à violência de gênero. O objetivo é mostrar que com uma produção identitária marcada pela exclusão e pela diminuição do outro, assim como pela violência e pela agressividade, é difícil o rompimento por parte dos homens das relações violentas que permeiam suas vidas, especialmente no que se refere ao rompimento de relações agressivas contra as mulheres.Referências
Referências Bibliográficas
Livros
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina.9 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.
NOLASCO, Sócrates. O mito da masculinidade. 2 ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1995.
SAFFIOTI, Heleieth I. B. Gênero, patriarcado, violência. 2. ed. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2011.
Capítulos
ALVES, José Eustáquio Diniz. Gênero e linguagem na cultura brasileira: elementos para reflexão sobre uma diferença. In: LOYOLA, Maria Andréa. Bioética: reprodução e gênero na sociedade contemporânea. Rio de Janeiro/Brasília: Letras Livres, 2005.p.
HALL, Stuart. Quem precisa da identidade? In: SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. 10 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. p. 103-133.
JÚNIOR, Durval Muniz de Albuquerque. Máquina de fazer machos: gênero e práticas culturais, desafio para o encontro das diferenças. In: MACHADO, Charliton José dos Santos; SANTIAGO, Idalina Maria Freitas Lima; NUNES, Maria Lúcia da Silva (orgs.). Gênero e práticas culturais: desafios históricos e saberes interdisciplinares. Campina Grande: EDUEPB, 2010. p. 21-34.
SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença. In: __. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. 10 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. p. 73-102.
WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. 10 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. p. 7-72.
Artigos de periódicos
ALVES, S. B.; DINIZ, N. M. F. "Eu digo não, ela diz sim": a violência conjugal no discurso masculino. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 58, n. 4, p. 387-392, jul./ago. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-71672005000400002&script=sci_arttext>. Acesso em: 10 jun. 2014.
CECCARELLI,Paulo Roberto. A construção da masculinidade.In Percurso, São Paulo, v. 19, n. 10-11, p. 1-7, mai./jun. 1998. Disponível em: <http://ceccarelli.psc.br/pt/?page_id=262>. Acesso em 14 ago. 2014.
NADER, Maria Beatriz. A condição masculina na sociedade. In: NADER, M. B.; FRANCO, S. P. (Org.). Dimensões Revista de História da Ufes, Vitória, v. 14, p. 461-480, 2002.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;
As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade e não refletem a opinião da Ars Historica.