A tensão e o conflito: as relações entre o poder eclesiástico e o poder monárquico no final do reinado Dionisino (1310-1325)

Autores

  • Láisson Menezes Luiz Universidade Federal de Goiás

Palavras-chave:

Portugal, D. Dinis, Clero,

Resumo

Quando D. Dinis (1279-1325) assumiu o trono português, encontrou um reino em crise devido às desavenças dos monarcas anteriores com o clero. Por isso, uma de suas primeiras atitudes foi amenizar esses conflitos que vinham se arrastando praticamente desde o reinado de D. Sancho I (1185-1211). Os problemas com o clero foram tratados com o estabelecimento das concordatas, duas assinadas em 1289, uma com 40 e outra com 11 artigos, e uma terceira, assinada em 1309, contendo 22 artigos. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é analisar alguns conflitos envolvendo D. Dinis e os eclesiásticos após a assinatura desses acordos, pois observamos diversas queixas do clero acusando o monarca de não cumprir o que ficou estabelecido nas concordatas. Destacam-se dois litígios, o primeiro se deu com D. Egas, bispo de Viseu (1289-1313), que levou o bispo a escrever um documento conhecido como Summa de Libertate Ecclesiaie (1311), em que relata o desrespeito perante as liberdades eclesiásticas. Posteriormente, D. Dinis teve divergências com D. Frei Estevão (1312-1322), bispo de Lisboa, e com D. Fernando Ramires (1313-?), bispo do Porto, que foram acusados pelo monarca de comprar suas nomeações para as respectivas dioceses.

Biografia do Autor

Láisson Menezes Luiz, Universidade Federal de Goiás

Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Goiás

Downloads

Publicado

2021-09-03

Edição

Seção

Artigos de Dossiê