A escrita da história em Fernão Lopes: tempo e oralidade

Autores

  • Josena Nascimento Lima Ribeiro Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Portugal, historiografia, tempo, oralidade,

Resumo

Quando a Dinastia de Avis ascendeu ao trono português, após 1385, novas formas de ação política foram elaboradas na intenção de confirmar a legitimidade régia. Desse modo, o rei D. Duarte encomendou ao guarda-mor da Torre do Tombo a feitura de crônicas que contassem a história e os feitos dos reis portugueses. Assim, o cronista Fernão Lopes construiu a narrativa da Crônica de D. João I, colocando em prática uma nova forma de escrita, diferente dos demais exemplos de cronistas presentes até então. Neste artigo, intencionamos apresentar como a narrativa lopesiana dispõe de temporalidades diferentes. Usando tais tempos combinados com traços de oralidade, Lopes construiu uma noção de verdade e de convencimento a quem lia/escutava sua obra. Logo, tempo e oralidade tornaram- se ferramentas de um discurso que objetivava a construção de uma memória e identidade.

Biografia do Autor

Josena Nascimento Lima Ribeiro, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Integrante do NERO/LEM ‒ Núcleo de Estudos e Referências da Antiguidade e do Medievo

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Publicado

2021-09-03

Edição

Seção

Artigos de Dossiê