DO AUDIOVISUAL ESTATAL A UM CINEMA ANGOLANO: PARADIGMAS SOBRE A PROMOÇÃO E PRODUÇÃO FÍLMICA EM ANGOLA

Renata Dariva Costa

Resumo


O presente artigo pretende analisar como foi realizada a criação de diferentes quadros estatais angolanos de produção fílmica no decorrer dos anos de 1970. A Cooperativa Promacine, a Televisão Popular de Angola (TPA) e o Laboratório Nacional de Cinema (LNC), acompanhados da criação do Instituto Angolano de Cinema (IAC), buscaram a legitimação de discursos do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) através de uma construção imagética. O processo da busca de representatividade do partido buscou tecer a ideia da urgência da criação de uma angolanidade por meio de uma educação militante que ia ao encontro desde as esferas escolares até a propagação de elementos culturais com o objetivo de construir uma proposta de projeto nacional. Para isto, no caso fílmico, o partido promoveu a exibição e criação de pequenos longas-metragens e curtas que circulavam nas kombis e que, posteriormente, deveriam ser exibidos em diferentes circuitos de cinema e na recém-criada Televisão Popular de Angola (TPA), atualmente Televisão Pública de Angola.

Palavras-chave


audiovisual, MPLA, angolanidade

Texto completo:

PDF

Referências


ABRANTES, José; CRUZ, José (Orgs.). Cinema em Angola. Luanda: Chá de Caxinde, 2002.

BITTENCOURT, Marcelo. A criação do MPLA. IN: BITTENCOURT, Marcelo. Estudos Afro-Asiáticos, Rio de Janeiro, 32: pp. 185-208, dezembro, 1997.

______. “Estamos juntos” O MPLA e a Luta anticolonial (1961-1974). Tese (Doutorado em História) ‒ Programa de Pós-Graduação em História. Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, 2002,742f...

CAHEN, Michel. Anticolonialism & Nationalism: deconstructing synonumy, investigating historical process. IN: MORIER-GENOUD (ORG.). Sure road? Nationas e nationalisms in Guinea, Angola and Mozambique. Leiden: Brill, 2012, p. 1-30.

CARVALHO, Ruy Duarte. A câmara, a escrita e a coisa dita... fitas textos e palestras. Lisboa: Cotovia, 2008.

GUERRA, João Paulo. Savimbi: Vida e morte. Lisboa: Bertrand, 2002.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.

JUNCO, José. El nombre de la cosa. Debate sobre el término nación y otros conceptos relacionados. Madrid: Centro de Estudios Políticos y Constitucionales, 2005.

KI-ZERBO, J.; MAZRUI, A.; WONDJI, C. Construção da nação e evolução dos valores políticos. In: KI-ZERBO, J.; MAZRUI, A.; WONDJI, C. (Orgs). História geral da África. Brasília: MEC/Unesco, 2010, p. 565-602.

MPLA. Angola: A tentativa de golpe de estado de 27 de maio de 77. Luanda: Avante, 1977.

PACHECO, Carlos. Mpla: um nascimento polémico: as falsificações da história. Lisboa: Vega, 1997.

PÉLISSIER, René; WHEELER, Douglas. História de Angola. Lisboa: Tinta da China, 2013.

PIÇARRA, Maria; ANTÓNIO, Jorge (Orgs.). Angola: o nascimento de uma nação. Vol. II. Lisboa: Guerra e Paz, 2013.

______. Angola: o nascimento de uma nação. Vol. III. Lisboa: Guerra e Paz, 2015.

PIMENTA, Fernando Tavares. A descolonização de Angola e Moçambique. O comportamento das minorias brancas (1974-1975). Goiânia: UFG, 2015.

PINTO, Tatiana. Etnicidade e racismo em Angola: da luta de libertação ao pleito eleitoral de 1992. Dissertação (Mestrado em História) ‒ Programa de Pós-Graduação em História. Rio de Janeiro: Universidade Federal Fluminense, 2012. 135f.

SAVIMBI, Jonas. Angola, a resistência em busca de uma nova nação. Lisboa: Agência Portuguesa de Revistas, 1979.

SAVIMBI, Jonas. O que é o espírito de Bissau? Todos os portugueses poderão regressar em Angola. Aveiro: Tipave, 1978.

SHUBIN, Vladimir. The Hot “Cold War”: The USSR in Southern Africa. Michigan University: EUA, 2008.

TSÉ-TUNG, Mao. “El papel del partido comunista de china em la guerra nacional”; “El problema de la independencia y autodecisión dentre del frente único”. IN: Obras Escogidas. Madrid: Fundamentos, 1974.

X Congresso da UNITA. Disponível em: http://www.unitaangola.com/PT/Tableestatutos1.awp?WD_ACTION_=CLICTABLE;TABLEDISCUR&TABLEDISCUR=2 (Acesso em 10 de março de 2018).

O Acordo do Alvor Disponível em: http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=descon21. (Acesso em 4 de março de 2018).

David Zé em Mwangolé (o guerrilheiro). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5r0CbrWlt3I (Acesso em 4 de março de 2018).


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Ars Historica - Instituto de História – Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Largo de São Francisco de Paula, no 1, Sala 205 – Centro, Rio de Janeiro – Brasil, CEP 30051-070.

Redes sociais:

  • https://www.facebook.com/RevistaArsHistorica
  • https://www.instagram.com/revistaarshistorica/

Contato:

  • revistaarshistorica@gmail.com