ALIANÇAS FAMILIARES NA AMÉRICA PORTUGUESA: REDES DE PODER E MANDO NAS MINAS GERAIS (SÉCULO XVIII)
Palabras clave:
Redes de poder, Família, América PortuguesaResumen
O presente trabalho tem como intuito analisar as diferentes estratégias empregadas pelas famílias e pelos indivíduos do século XVIII, que possuíam o intuito evidente de incorporar através de matrimônios e redes de poder, prestígio, fortuna e nobreza a si e a seus descendentes. Para tanto, analisamos os inventários post-mortem, processos matrimoniais e documentos do Conselho Ultramarino do período de 1715 a 1820 da região de Guarapiranga (MG). Assim como em outras freguesias do Ultramar, os moradores da localidade se preocuparam em estabelecer promissoras relações sociais, políticas e econômicas entre si e entre indivíduos que pudessem agregar nobreza e riqueza a seus congêneres. Desta forma, pretendemos compreender como essas famílias articulavam essas estratégias através dos matrimônios e alianças para a obtenção de seus propósitos.Citas
AMORIM, Maria Noberta; DURÃES, Margarida & FERREIRA, Antero. Bases de dados genealógicos e História da Família em Portugal – Análises comparativas (do Antigo Regime à Contemporaneidade), La História de la Família em la Península Ibérica (ss. XVI – XIX), Balance y Perspectivas. Homenage a Peter Laslett, UCLM, Albacete, 2003.
ALMEIDA, Carla Maria Carvalho. Trajetórias imperiais: imigração e sistema de casamentos entre a elite mineira setecentista. In: ALMEIDA, Carla Maria Carvalho de e OLIVEIRA, Mônica Ribeiro de. (orgs). Nomes e Números: alternativas metodológicas para a história econômica e social. Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2006.
BACELLAR, Carlos Almeida Prado. Os senhores da terra. Famílias e sistema sucessório entre os senhores de engenho do Oeste Paulista, 1765-1885. Campinas: Centro de Memória da Unicamp, 1997.
BRETTELL, Caroline. Homens que partem, mulheres que esperam: consequências da emigração numa freguesia minhota. Lisboa: Dom Quixote, 1991.
BICALHO, Maria Fernanda. As Câmaras Municipais no Império Português: o exemplo do Rio de Janeiro. In: Revista Brasileira de História, vol.18, n.36, São Paulo, 1998.
BICALHO, Maria Fernanda. Pacto Colonial, autoridades negociadas e Império Ultramarino Português. In: SOIHET, Raquel, BICALHO, Maria Fernanda e GOUVÊA, Maria de Fátima. Culturas políticas: ensaios de história cultural, história política e ensino de história. Rio de Janeiro, Mauad, 2005.
BICALHO, Maria Fernanda Baptista. Elites Coloniais: a nobreza da terra e o governo das conquistas. História e historiografia. In: GONÇALO, Nuno Monteiro, CARDIM, Pedro, CUNHA, Mafalda Soares (orgs). Optima Pars: elites Ibero-Americanas do Antigo Regime. Lisboa: ICS, 2005.
COSTA, Ana Paula Pereira. Organização militar, poder de mando e mobilização de escravos armados nas conquistas: a atuação dos Corpos de Ordenança em Minas Colonial. Revista de História Regional, 11 (2), 2006.
FRAGOSO, João; FLORENTINO, Manolo. O Arcaísmo como projeto: mercado atlântico, sociedade agrária e elite mercantil no Rio de Janeiro, c. 1790-c.1840. Rio de Janeiro: Diadorim, 1998.
FRAGOSO, João. A formação da economia colonial no Rio de Janeiro e de sua primeira elite senhorial (séculos XVI e XVII). In: FRAGOSO, João; BICALHO, Maria Fernanda e GOUVÊA, Maria de Fátima (orgs). O Antigo Regime nos Trópicos: a dinâmica imperial portuguesa (séculos XVI – XVIII). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001
FRAGOSO, João. A nobreza vive em bandos: a economia política das melhores famílias da Terra no Rio de Janeiro, século XVII. Algumas notas de pesquisa. Tempo, Niterói, v.8, nº 15, 2003.
FRAGOSO, João e GOUVÊA, Maria de Fátima Silva. Monarquia pluricontinental e repúblicas: algumas reflexões sobre a América Lusa nos séculos XVI – XVIII. Tempo, vol 14, n. 27, Niterói, jul/dez, 2009.
HESPANHA, António Manuel e XAVIER, Ângela Barreto. As Redes Clientelares. In: MATTOSO, José (org). História de Portugal. 4 vol. O Antigo Regime (1620 – 1807). Lisboa: Editorial Estampa, 1998.
HESPANHA, António Manuel. A constituição do império português. Revisão de alguns enviesamentos correntes. In: BICALHO, Maria Fernanda; FRAGOSO João & GOUVÊA, Maria de Fátima (orgs). O Antigo Regime nos trópicos: a dinâmica imperial portuguesa (séculos XVI – XVIII). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
LADURIE, E. Le Roy. O Estado Monárquico: França 1460-1610. São Paulo: Cia. das Letras, 1994.
MAGALHÃES, Joaquim Romero. O Algarve Econômico: 1600 – 1773. Lisboa: Estampa, 1988.
MARTINS, Maria Fernanda Vieira. A velha arte de Governar: um estudo sobre a política e elites a partir do Conselho de Estado (1842-1889). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2007
MONTEIRO, Nuno Gonçalo. Elites e poder: entre o Antigo Regime e o liberalismo. Lisboa: ICS, 2003.
MONTEIRO, Nuno Gonçalo. O ‘Ethos’ Nobiliárquico no final do Antigo Regime: poder simbólico, império e imaginário social. Almanack Brasiliense. São Paulo, nº 02, novembro de 2005.
OLIVAL, Fernanda. As Ordens militares na historiografia portuguesa (séculos XVI – XVIII). Penélope, 17, 1997.
ROWLAND, Robert. População, família, sociedade: Portugal, séculos XIX-XX. Oeiras: Celta, 1997.
RUSSEL-WOOD, A. J. R. Centros e Periferias no Mundo Luso-Brasileiro, 1500- 1808. Trad. de Maria de Fátima Silva Gouvêa (UFF). Revista Brasileira de História, vol. 18, nº 36, São Paulo, 1998
SAMPAIO, Antônio Carlos Jucá de. Comércio, riqueza e nobreza: elites mercantis e hierarquização social no Antigo Regime português. In: FRAGOSO, João [et. al.] (orgs). Nas rotas do Império: eixos mercantis, tráfico e relações sociais no mundo português. Vitória: Edufes; Lisboa: IICT, 2001.
SILVA, Maria Beatriz Nizza da. Ser nobre na Colônia. São Paulo: UNESP, 2005.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;
As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade e não refletem a opinião da Ars Historica.