AS FORMAÇÕES DE LENU E LILA NO ROMANCE DE FORMAÇÃO DE ELENA FERRANTE
Palavras-chave:
Romance de formação, Tetralogia napolitana, Elena FerranteResumo
A proposta deste artigo é apresentar alguns caminhos percorridos e a percorrer na minha pesquisa de mestrado sobre a série de quatro volumes da escritora italiana Elena Ferrante - mais conhecida como tetralogia napolitana -, à luz da tradição literária do romance de formação (Bildungsroman). Meu objetivo é analisar a forma que Ferrante dialoga com alguns topoi do Bildungsroman ao construir um romance de formação contemporâneo com duas protagonistas femininas. Meu foco é nos seguintes eixos: o diálogo com a tradição do Bildungsroman feminino; a representação de duas formações no centro do enredo, a mobilidade social na Itália do pós-Segunda Guerra e os dispositivos metaficcionais utilizados na criação da narradora-personagem Elena GrecoReferências
ALMEIDA, Mariana Cristine de. Vedere le donne affacciate alle finestre: formação, escrita e subjetividade feminina na tetralogia napolitana de Elena Ferrante. Dissertação de mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2019.
AZEVEDO, Luciene. Formas do romance no século XXI. Um comentário sobre Minha luta de Karl Ove Knausgaard. In: (Org.) CHARBEL, Felipe. ... [et al.] As formas do romance. Estudos sobre a historicidade da literatura. Rio de Janeiro: Ponteio, 2016.
BAKTHIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Martins Fontes, 2011.
________. Teoria do romance III: O romance como gênero literário. São Paulo: Editora, 34, 2019.
BULLARO, Grace Russo. The Era of the “Economic Miracle” and the Force of Context in Ferrante’s My Brilliant Friend. In: __________. The Works of Elena Ferrante. Palgrave Macmillan, New York, 2016. p. 15-44.
DE ROGATIS, Tiziana. Elena Ferrante's key words. Europa Editions, 2019. E-book.
FERRANTE, Elena. A amiga genial. Tradução de Maurício Santana Dias. São Paulo: Biblioteca Azul, 2015.
__________. História do novo sobrenome. Tradução de Maurício Santana Dias. São Paulo: Biblioteca Azul, 2016.
__________. História de quem foge e de quem fica. Tradução de Maurício Santana Dias. São Paulo: Biblioteca Azul, 2016.
_________. História da menina perdida. Tradução de Maurício Santana Dias. São Paulo: Biblioteca Azul, 2017.
FERREIRA PINTO, Cristina. Introdução. In: __________. O Bildungsroman feminino: quatro exemplos brasileiros. São Paulo: Editora Perspectiva, 1990, p. 9-32.
GALBIATI, Maria Alessandra. Revendo o Gênero: a representação da mulher no Bildungsroman feminino contemporâneo. Tese (doutorado). Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2013.
GOETHE, Johann Wolfgang von. Afinidades eletivas. São Paulo: Penguin-Companhia das Letras, 2014.
HUTCHEON, Linda. Metaficção historiográfica: o passatempo do tempo passado. In: __________. Poética do pós-modernismo: história, teoria, ficção. Rio de Janeiro: Imago, 1991.
KOSELLECK, Reinhart. “Sobre a estrutura antropológica e semântica do conceito de Bildung”. In: __________. Histórias de conceitos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2020, 115-168.
KÜTTER, Cintia. Bildungsroman feminino: (Des)encontros entre memória e escrita. Tese (doutorado). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras, Programa de Pós Graduação em Letras Vernáculas, 2018.
LEE, Alison. Feminine identity and female friendships in the ‘Neapolitan’novels of Elena Ferrante. British Journal of Psychotherapy, v. 32, n. 4, p. 491-501, 2016.
LOVE, Stephanie V. “An Educated Identity”: The School as a Modernist Chronotope in Ferrante’s Neapolitan Novels. In: __________. The Works of Elena Ferrante. Palgrave Macmillan, New York, 2016. p. 71-97.
MAAS, Wilma Patricia. O estabelecimento do conceito. In: ________. O cânone mínimo. O Bildungsroman na história da literatura. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
MILKOVA, Stiliana. Elena Ferrante as world literature. Bloomsbury Publishing USA, 2021.
MILKOVA, Stiliana. Side by Side: Female Collaboration in Ferrante’s Fiction and Ferrante Studies. Issue: gender/sexuality/italy, 7 (2020), 2021.
MORETTI, Franco. O romance de formação. Todavia, 2020.
MULLENNEAUX, Lisa. Naples’ Little Women: The Fiction of Elena Ferrante, 2016.
SANTOVETTI, Olivia. Künstlerroman of" Late Modernity": Karl Ove Knausgård's My Struggle and Elena Ferrante's Neapolitan Quartet. Modern Language Review, v. 136, n. 1, p. 186-208, 2021.
SANTOVETTI, Olivia. Melodrama or metafiction? Elena Ferrante's Neapolitan novels. Modern Language Review, v. 113, n. 3, p. 527-545, 2018.
SILVA MELLO, Luiza Larangeira da. O romance desmarginado: A função do fim e a figuração do tempo na série napolitana, de Elena Ferrante. In: (Org.) CHARBEL, Felipe. ... [et al.] Reinvenções da narrativa: ensaios de história e crítica literária. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, 2019.
SIMMEL, Georg. O conceito e a tragédia da cultura. Crítica Cultural–Critic, Palhoça, SC, v. 9, n. 1, p. 145-162, 2014.
WOOD, James. Como funciona a ficção. SESI-SP Editora, 2017.
WOOD, James. Women on the Verge. New Yorker, Nova York, 21 jan. 2013.
ZARZAR, Victor Xavier Zarour. An Alternative Geometry: L'amica geniale and the Bildungsroman. Modern Language Review, v. 116, n. 3, p. 445-461, 2021.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;
As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade e não refletem a opinião da Ars Historica.
