Mapeamento métrico de De Gestis Mendi de Saa (livro I), de José de Anchieta
DOI:
https://doi.org/10.17074/cpc.v1i45.59229Palavras-chave:
Renascimento, Poesia novilatina portuguesa, José de Anchieta, De gestis Mendi de Saa, Métrica latinaResumo
A métrica faz parte da identidade da poesia antiga ocidental, sobretudo das obras gregas e latinas. A incipiente coleta de dados exclusivos de cada autor coetâneo serve como base para constituir generalidades e particularidades, tanto métricas quanto prosódicas, de uma determinada época. Manuais e compêndios são elaborados e simplificados a partir da comparação de resultados significativos, de modo que se facilite o estudo da técnica versificatória. Lucio Ceccarelli e George Duckworth trazem contribuições estatísticas essenciais sobre poetas da Antiguidade. A poesia novilatina do séc. XVI, por sua vez, difere dos modelos clássicos em alguns fatores, logo é importante que continuemos a explorar as obras desse período de modo independente, até que haja um corpus satisfatório. Nesse sentido, María Hernáez deu início às investigações da métrica e da prosódia de Anchieta nos livros I e III, da obra De gestis Mendi de Saa. Portanto, nossa proposta dá continuidade aos registros da técnica versificatória dessa mesma obra, e, para isso, mapeamos e registramos outros traços métricos e prosódicos do livro I, a fim de colaborarmos com o desenvolvimento dos estudos renascentistas.Referências
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