Imitatio e aemulatio: a recepção de Marcial em Friedrich von Logau a partir de três epigramas
DOI:
https://doi.org/10.17074/cpc.v1i45.61268Palavras-chave:
Epigrama. Marcial. Friedrich von Logau. Epigrama satírico.Resumo
Resumo: este artigo analisa os epigramas satíricos de Friedrich von Logau (1605-1655), poeta alemão desconhecido no mundo lusófono. Epigramatista, Logau escreveu mais de três mil epigramas e Marcial, poeta romano do século I d.C. pode ser considerado um de seus principais modelos. Entretanto, até o presente momento, a recepção de Marcial em Logau não fora satisfatoriamente analisada, nem mesmo na Alemanha, terra natal do poeta. Esta pesquisa pretende examinar essa recepção a partir de três epigramas em que Logau imita ou emula Marcial. Para isso, investiga-se a origem e desenvolvimento do gênero epigramático, as principais características do gênero em Marcial, o contexto e as preceptivas poéticas humanistas (Scaliger e Opitz) epigramáticas, algumas marcas dos epigramas satíricos de Logau e, por fim, a imitação e emulação do poeta romano pelo alemão.
Palavras-chave: Epigrama. Marcial. Friedrich von Logau. Epigrama satírico.
Referências
BAUER, Barbara. Aemulatio. In: UEDING, Gert (ed.). Historisches Wörterbuch der Rhetorik. Vol. 1: A-Bib. Tübingen: Max Niemeyer Verlag, 1992, cc. 141-187;
BOMPAIRE, Jacques. Lucien écrivain: imitation et création. Paris: Boccard, 1958;
BORGSTEDT, Thomas. Nachahmung und Nützlichkeit: Renaissancediskurse, Poeterey und Monumentsonette. In: SCHMITZ, Walter; BORGSTEDT, Thomas (eds.). Martin Opitz (1597-1639): Nachahmungspoetik und Lebenswelt. Tübingen: Max Niemeyer Verlag, 2002, p. 53-72.
CESILA, Robson Tadeu. Epigrama: Catulo e Marcial. Curitiba; Campinas: editora da universidade federal do Paraná; editora da Unicamp, 2017;
CITRONI, Mario. What is an epigram? Defining a genre. In: HENRIKSÉN, Christer (ed.). A companion to ancient epigram. Wiley: Blackwell, 2019, p. 21-42;
CONTE, Gian Biagio. Stealing the club from Hercules: on imitation in Latin poetry. Berlim; Boston: De Gruyter, 2017;
______.; PIANEZZOLA, Emilio. Il libro della letteratura latina: la storia e i testi. Firenze: Le Monnier, 2000;
ECKER, Ute. Grabmal und Epigramm: Studien zur frühgriechischen Sepulkraldichtung. Stuttgart: Franz Steiner Verlag, 1990;
HINZ, Manfred. Rhetorische Strategien des Hofmannes: Studien zu den italienischen Hofmannstraktaten des 16. und 17. Jahrhunderts. Stuttgart: Metzler, 1992;
HOLZBERG, Niklas. Martial und das antike Epigramm: eine Einführung. 2 ed. Darmstadt: WBG, 2012;
IGEL, Robert. Durch imitatio zu aemulatio: Wege des Martialrezeption in den satirischen Epigrammen Friedrichs von Logau. München; Ravensburg: Grin, 2007;
INGEN, Ferdinand van. Poetik zwischen brevitas und argutia: zu Friedrich von Logaus Epigrammatik. In: ALTHAUS, Thomas; SEELBACH, Sabine. Salomo in Schlesien: Beiträge zum 400. Geburtstag Friedrich von Logaus (1605-2005). Amsterdam; New York: Rodopi, 2006, p. 23-46;
JABLECKI, Tomasz. Das Sinngedicht im Dienste der Satire: Logaus Kritik des Sittenverfalls. In: ALTHAUS, Thomas; SEELBACH, Sabine. Salomo in Schlesien: Beiträge zum 400. Geburtstag Friedrich von Logaus (1605-2005). Amsterdam; New York: Rodopi, 2006, p. 229-252;
KAMINSKI, Nicola. Imitatio. In: UEDING, Gert (ed.). Historisches Wörterbuch der Rhetorik. Vol. 4: Hu-K. Tübingen: Max Niemeyer Verlag, 1998, cc. 235-285;
KIESEL, Helmuth. “Bei Hof, bei Höll”: Untersuchungen zur literarischen Hofkritik von Sebastian Brant bis Friedrich Schiller. Tübingen: Max Niemeyer, 1979.
KIßEL, Walter. Personen und persona in den Epigrammen Martials. Stuttgart: Franz Steiner Verlag, 2022;
LAURENS, Pierre. Du modèle idéal au modèle opératoire: la théorie épigrammatique aux XVIe et XVIIe siècles. In: BALAVOINE, C.; LAFOND, J.; LAURENS, P. (éds.). Le modèle à la Renaissance. Paris: Vrin, 1986, p. 183-208;
______. L’abeille dans l’ambre: célébration de l’épigramme de l’époque alexandrine à la fin de la Renaissance. Paris: Belles Lettres, 1989;
LAUSBERG, Heinrich. Handbuch der literarischen Rhetorik: eine Grundlegung der Literaturwissenschaft. 3 ed. Stuttgart: Franz Steiner Verlag, 1990;
LOGAU, Friedrich von. Sämtliche Sinngedichte. Stuttgart: Holzinger, 1872;
MALAPERT, Fabienne. Friedrich von Logau (1605-1655): L’art de l’épigramme. Bern; Berlin; Frankfurt am Main; New York; Oxford; Wien: 2002.
MARCIAL. Epigrams. Editado e traduzido por Shackleton Bailey. Cambridge; Massachusetts; London: Harvard University Press, Vol. I, 1993a;
______. Epigrams. Editado e traduzido por Shackleton Bailey. Cambridge; Massachusetts; London: Harvard University Press, Vol. II, 1993b;
MAURER, Michael. Geschichte und gesellschaftliche Strukturen des 17. Jahrhunterts. MEIER, Alberti (ed.). Die Literatur des 17. Jahrhunderts. München; Wien: Hanser, 1999, p. 18-99;
MEID, Volker. Barocklyrik. 2 ed. Stuttgart; Weimar: Metzler, 2008;
______. Die Deutsche Literatur im Zeitalter des Barock: vom Späthumanismus zur Frühaufklärung. München: Beck, 2009;
______. Im Zeitalter des Barock. In: HINDERER, Walter (ed.). Geschichte der politischen Lyrik im Deutschland. Stuttgart: Reclam, 1978, p. 90-113;
______. Literatur des Barock. In: BEUTIN, Wolfgang et al. (eds.). Deutsche Literaturgeschichte: von den Änfangen bis zur Gegenwart. 9 ed. Stuttgart; Weimar: Metzler, 2019, p. 103-150.
MRÓZ-JABLECKA, Kalina. Bürger als “Verzehrer”, Bauern als “Ernährer”: Stadt vs. Land, ein kritisches Gesellschaftsbild in Logaus Sinn-Getichten. In: ALTHAUS, Thomas; SEELBACH, Sabine. Salomo in Schlesien: Beiträge zum 400. Geburtstag Friedrich von Logaus (1605-2005). Amsterdam; New York: Rodopi, 2006, p. 349-362;
OPITZ, Martin. Buch von der deutschen Poeterey. Editado por Cornelius Sommer. Stuttgart: Reclam, 1970;
Oxford Latin dictionay. Oxford: Oxford University Press, 1968;
QUINTILIANO. Instituição oratória: livros X, XI e XII. Tradução, apresentação e notas de Bruno Fregni Bassetto. Campinas: Editora da Unicamp, 2016;
RAUBITSCHEK, Anton E. Das Denkmal-Epigramm. In: GENTILI, Bruno et al. (eds.). L’Épigramme grecque. Genebra: Vandɶuvres, 1967, p. 3-36;
ROBERT, Jörg. Martin Opitz und die Konstitution der Deutschen Poetik: Norm, Tradition und Kontinuität zwischen Aristarch und Buch von der Deutschen Poeterey. Euphorion, Zeitschrift für Literaturgeschichte, vol. 98, caderno 3, Heidelberg, 2004, p. 281-322;
SCALIGER, Julius Caesar. Poetices libri septem. Fac-símile da edição de Lyon de 1561, com uma introdução de August Buck. Stuttgart: Bad Cannstatt, 1964;
SCHEITLER, Irmgard. Geistliche Lyrik. In: MEIER, Alberti (ed.). Die Literatur des 17. Jahrhunderts. München; Wien: Hanser, 1999, p. 347-376;
SULLIVAN, John Patrick. Martial: the unexpected classical. A literary and historical study. Cambridge: Cambridge University Press, 1991;
TOVAR, Rosario Cortés. Epigram and satire. In: HENRIKSÉN, Christer (ed.). A companion to ancient epigram. Wiley: Blackwell, 2019, p. 163-178;
WEISZ, Jutta. Das Deutsche Epigramm des 17. Jahrhunderts. Stuttgart: Metzler, 1979;
WOLFF, Étienne. Martial ou l’apogée de l’épigramme. Rennes: Presses Universitaires de Rennes, 2008.
„FRAUENZIMMER, n.“. In: Deutsches Wörterbuch von Jacob Grimm und Wilhelm Grimm, digitalisierte Fassung im Wörterbuchnetz des Trier Center for Digital Humanities, Version 01/23, https://www.woerterbuchnetz.de/DWB?lemid=F08249. Acesso em 27 de junho de 2023.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Roberto Carlos Conceição Porto
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).