BACO E OS PIRATAS: METAMORFOSES III, 597-691
DOI :
https://doi.org/10.17074/cpc.v1i36.21708Résumé
Em homenagem ao bimilenário da morte de Ovídio (43 AEC - 17/18 EC), apresentamos aqui uma tradução poética de um célebre episódio das suas Metamorfoses, em que o marinheiro Acestes narra a Penteu, rei de Tebas, o sequestro de Baco por piratas etruscos e os desdobramentos de tamanho sacrilégio. Trata-se de um tema clássico por excelência, abordado pela primeira vez no Hino Homérico a Dioniso, por volta do século VII AEC, passando pela poesia latina do período augustano, da qual Ovídio foi o último expoente, e chegando até o grande poeta norte-americano Ezra Pound (1885-1972), que o incluiu na sua obra-prima Os Cantos. Em vez de usarmos um verso tradicional, como o decassílabo ou o dodecassílabo, para verter os hexâmetros datílicos originais, optamos por um verso de extensão variável, constituído de dois hemistíquios, sendo o segundo geralmente mais longo que o primeiro e finalizado por cláusula hexamétrica. Além disso, para marcar o aspecto sobrenatural que Ovídio atribui a Baco (vv. 609-10), adotamos na tradução diferentes registros linguísticos para afastá-lo das demais personagens. Assim, reservamos ao deus uma linguagem altamente formal, quase artificial, e aos piratas, um registro mais corriqueiro. Palavras-chave: Ovídio; Metamorfoses; Baco; tradução; métrica.
Références
TARRANT, R. J. P. Ovidi Nasonis Metamorphoses. Oxford: Clarendon Press, 2004.
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