BACO E OS PIRATAS: METAMORFOSES III, 597-691

Auteurs

  • Arthur Rodrigues Pereira Santos Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI :

https://doi.org/10.17074/cpc.v1i36.21708

Résumé

Em homenagem ao bimilenário da morte de Ovídio (43 AEC - 17/18 EC), apresentamos aqui uma tradução poética de um célebre episódio das suas Metamorfoses, em que o marinheiro Acestes narra a Penteu, rei de Tebas, o sequestro de Baco por piratas etruscos e os desdobramentos de tamanho sacrilégio. Trata-se de um tema clássico por excelência, abordado pela primeira vez no Hino Homérico a Dioniso, por volta do século VII AEC, passando pela poesia latina do período augustano, da qual Ovídio foi o último expoente, e chegando até o grande poeta norte-americano Ezra Pound (1885-1972), que o incluiu na sua obra-prima Os Cantos. Em vez de usarmos um verso tradicional, como o decassílabo ou o dodecassílabo, para verter os hexâmetros datílicos originais, optamos por um verso de extensão variável, constituído de dois hemistíquios, sendo o segundo geralmente mais longo que o primeiro e finalizado por cláusula hexamétrica. Além disso, para marcar o aspecto sobrenatural que Ovídio atribui a Baco (vv. 609-10), adotamos na tradução diferentes registros linguísticos para afastá-lo das demais personagens. Assim, reservamos ao deus uma linguagem altamente formal, quase artificial, e aos piratas, um registro mais corriqueiro. Palavras-chave: Ovídio; Metamorfoses; Baco; tradução; métrica.

Biographie de l'auteur

Arthur Rodrigues Pereira Santos, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Letras Clássicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em Letras Clássicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. 

Membro do laboratório de pesquisa ATRIVM (Espaço Interdisciplinar de Estudos da Antiguidade).

Références

TARRANT, R. J. P. Ovidi Nasonis Metamorphoses. Oxford: Clarendon Press, 2004.

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Publiée

2019-02-27

Numéro

Rubrique

Artigos