O que nos diz Ovídio sobre Diana

Auteurs

  • Ana Thereza Basilio Vieira Universidade Federal do Rio de Janeiro http://orcid.org/0000-0002-8169-5152
  • Amanda Lisbôa Marinho da Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro / Mestranda do Programa de Pós-graduação em Letras Clássicas

DOI :

https://doi.org/10.17074/cpc.v1i44.53470

Mots-clés :

Mitologia, literatura ovidiana, Diana, mitos de estupro

Résumé

Quando pensamos em fontes de mitos dentro da literatura latina, logo nos vem à mente o nome do poeta Ovídio. Em Metamorfoses, poema épico composto ainda em sua fase em Roma, agrupa diferentes mitos, que nos dão a possibilidade de um estudo da mitologia, tanto em âmbito coletivo quanto específico. Dentro da mitologia, diversos temas podem ser estudados, levando em conta diferentes planos: intertextual, intratextual, emulativo, inovador entre outros. Os mitos podem apresentar variações ao longo dos tempos, ser pontuais, mais apropriados a determinado gênero literário ou a determinada época. Optamos aqui por utilizar o poema ovidiano para analisar a presença da deusa Diana, suas características e funções, tomando por base, principalmente, mitos sobre estupro relacionados à deusa e suas companheiras. Neste estudo pretendemos verificar como se desenvolve a imagem de Diana na literatura ovidiana, e mais especificamente na citada obra, e evidenciar a representação do estupro na caracterização da deusa.

Bibliographies de l'auteur

Ana Thereza Basilio Vieira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Possui Bacharelado e Licenciatura em Letras Português-Latim pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985), Bacharelado em Letras Português-Italiano pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1995), Mestrado em Letras (Letras Clássicas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992) e Doutorado em Letras (Letras Clássicas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999). É Professora Associada de Língua e Literatura Latina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, membro efetivo do Programa de Estudos em Representações da Antiguidade (Proaera) e coeditora da Codex - Revista de Estudos Clássicos.

Amanda Lisbôa Marinho da Silva, Universidade Federal do Rio de Janeiro / Mestranda do Programa de Pós-graduação em Letras Clássicas

Graduada em Letras-Latim pela UFRJ. Participou do Projeto PREDICAR - Formação e expressão de predicados complexos: gramaticalidade e lexicalização no período de 2017-2018. Atuou como monitora de Morfologia do Departamento de Vernáculas em 2017. Apresentou o trabalho "Construção de impessoalização discursiva: dados com os verbos suportes ter e haver" na 8ª Semana de Integração Acadêmica da UFRJ. Recebeu Menção Honrosa pela apresentação do trabalho "Construção de impessoalização discursiva: dados com os verbos suportes ter e haver" na 8ª Semana de Integração Acadêmica da UFRJ. Apresentou o trabalho "Que tendências se pode(m) encontrar em textos escritos brasileiros?" na 8ª Semana de Integração Acadêmica da UFRJ. Apresentou o pôster "Vamos levar ao pé da letra: construções com verbo suporte e partes do corpo" no II Seminário do Grupo CCO - Conectivos e Conexão de Orações na UFF. Apresentou o trabalho "Predicações com os verbos suporte ter e haver: a extensão da alternância em jogo no discurso acadêmico" na 9ª Semana de Integração Acadêmica da UFRJ. Atuou como monitora no II Seminário Nacional de Pesquisas da Graduação em Estudos Clássicos da UFRJ. Apresentou o trabalho "A jornada, a origem e a vida: presença de Mercúrio e Baco em Primeiras Estórias" na 38ª Semana de Estudos Clássicos da UFRJ - República e Democracia: conceitos antigos, crises modernas. Atuou como monitora na 38ª Semana de Estudos Clássicos da UFRJ - República e Democracia: conceitos antigos, crises modernas. Atuou como monitora de Latim do Departamento de Clássicas em 2019. Atualmente cursa mestrado pelo Programa de Pós Graduação em Letras Clássicas da UFRJ, mais especificamente em o Discurso Latino Clássico e Humanístico.

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Publiée

2023-04-20

Numéro

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Artigos