Hölderlins Verständnis des Tragischen aus der Perspektive des Tiresias, des “Aufsehers über die Naturmacht”

Auteurs

  • Kathrin Holzermayr Rosenfield UFRGS

DOI :

https://doi.org/10.17074/cpc.v1i43.54777

Mots-clés :

Hölderlin,  Antígona,  Observações, interpretação, crítica, teoria

Résumé

Este artigo tenta derivar a concepção trágica de Hölderlin da parte mediana (2) das Observações sobre Édipo e Antígona, na qual o poeta esboça sua leitura ou interpretação com observações críticas. Em contraste com as observações teóricas das partes (1) e (3), a atenção do leitor é levada para certas distinções sutis do original que não podem ser compreendidas conceitualmente. Pois em contraste com as considerações teóricas gerais, Hölderlin aqui enfatiza as relações entre motivos e figuras que precisam ser intuídas na leitura da peça, dando assim à tragédia um sentido mais vívido. As figuras assinaladas captam as relações de poder ancoradas nas estruturas míticas e nas divindades de esferas opostas: Tiresias e os descendentes dos espartos (spartoi) representam os poderes da natureza que brotaram da terra selvagem sem casamento e sem pai; Zeus, em oposição, é o "pai do tempo" ou "pai da terra" que representa a cultura humana e a sucessão patriarcal. Através de sua sensibilidade poética, Hölderlin parece ter vislumbrado as complexidades do pensamento mítico, do ritual e dos costumes jurídicos de Atenas clássica, antecipando de modo intuitivo as análises estruturais da antropologia histórica do século XX. Suas Observações esboçam as relações específicas dos poderes naturais e culturais, colocando o(s) herói(s) no campo de tensão entre o "poder natural" cego dos deuses inferiores e a ordem olímpica de Zeus, e atribuindo a Tiresias a função de "guardião da potência natural", vendo-o assim como o representante dos deuses inferiores (e do lado sombrio de Apolo).

Références

Hölderlin, Friedrich. Sämtliche Werke und Briefe. Hrsg. von J. Schmidt. 3 Bände. Deutscher Klassiker Verlag, Frankfurt, 1992.

HÖLDERLIN, Friedrich: Sämtliche Werke 'Frankfurter Ausgabe'. Historisch-Kritische Ausgabe. Hrsg. von D.E. Sattler. 20 Bände und drei Supplement-Bände. Frankfurt am Main, Stromfeld Roter Stern, 1977.

BACELAR, Agatha. “Notas a uma leitura de Antígona”. In: Eudoro de Sousa, Estudos de cultura entre a Universidade de Brasília e a Universidade do Porto. Porto: Universidade do Porto, 2019, pp. 80-98.

DARMON, Jean-Pierre. Verbete Parenté (structures de la): Dynasties mythiques dans la mythologie grècque. Atrides et Labdacides. In: Dictionnaire des Mythologies, 2 Bde., Hg. Yves Bonnefois, Paris, Flammarion, 1981. Bd. 2, p. 241-243.

DÉTIENNE, Marcel. Apollon, le couteau à la main. Paris, Gallimard, 1998.

DER KLEINE PAULY: Lexikon der Antike in fünf Bänden. Hrsg. von Konrat Ziegler und Walther Sontheimer. Deutscher Taschenbuchverlag, München, 1979.

FOLEY, Helene. Female Acts in Greek Tragedy. Princeton: University Press, 2001.

FINLEY, Moses I. Mythe, Mémoire, Histoire. Paris, Flammarion, 1981.

FRANZ, Michael. A teoria hölderliniana do "trágico”. Calíope – Presença Clássica, Vol. 43, 2022. (Im Druck: Seitenzahlen wurden noch nicht definiert.)

FUSTEL de Coulanges, Numa Denis. A Cidade antiga. Martins Fontes/UNB, Brasilia/São Paulo, 1981.

HAYDEN-ROY, Priscilla. Hölderlins Oedipus der Tyrann: zum Titel und zum Begriff des “Tyrannen”. In: Deutsche Vierteljahresschrift der Literaturwissenschaft und Geistesgeschichte. 2022, Heft 96, S. 35-61, cf. online: https://rdcu.be/cIzdX (28.05.2022)

HEGEL, G. F. W. Vorlesungen über die Ästhetik. In: Werke in zwanzig Bänden (20 vol.). Frankfurt, Suhrkamp, 1970. (Die Abkürzung Ae gefolgt von der Nummer des betreffenden Bandes 13, 14,15, bezieht sich auf diese Ausgabe.)

HÖLDERLIN, Friedrich: Sämtliche Werke 'Frankfurter Ausgabe'. Historisch-Kritische Ausgabe. Hrsg. von D.E. Sattler. 20 Bände und drei Supplement-Bände. Frankfurt am Main, Stromfeld Roter Stern, 1977. (Die Abkürzung (FHA) bezieht sich auf Bd. 16, der die Übersetzungen und Anmerkungen zum Ödipus und zur Antigonä enthält.)

MIKALSON, Jon D. Ancient Greek Religion. Oxford, Blackwell, 2005.

ROSENFIELD, Kathrin. Getting Into Sophocles's Mind Through Höderlin’s Antigone. New Literary History, Johns Hopking University Press, Baltimore, v. 30, p. 107-27, 1999.

_____ Antígona. De Sófocles a Hölderlin. Porto Alegre, L&PM, 2000.

_____. Hölderlins Antigone und Sophokles’ Paradoxon. POETICA. Zeitschrift für Sprach- und Literaturwissenschaft, Univ. Bochum, Brill, vol.3-4, p.465 - 502, 2001.

______ Sófocles & Antígona. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2002.

______ Antigone - de Sophocle à Hölderlin. Paris, Galilée, 2003.

______ Antigone. Sophocles’ Art – Hölderlin’s Insights. Aurora/CO, Davies Group, 2010.

_____ Antígona. Intriga e Enigma. Sófocles lido por Hölderlin. São Paulo, Perspectiva, 2018.

_____ Rosenfield, K., “Hölderlins antiklassizistische Rückkehr zur klassischen Tragödie”, in: Der Streit um Klassizität. Polemische Konstellationen vom 18. zum 21. Jahrhundert. Hg. Wolf, N. Ch., Ehrmann, D. München, Fink, 2021, pp. 67-88.

ROUSSEL, Pierre. “Les fiançailles d’Hémon et d’Antigone”. Revue des études grecques, XXXV, 1932. SS. 65-75.

SCHILLER, Friedrich. Werke in drei Bänden. Band II. München, 1966.

STORR, Francis (ed.), Sophocles, Antigone. Perseus Digital Library. Disponível em: <http://www.perseus.tufts.edu/hopper/>. Acesso em: 9 ago. 2022.

VASILAKIS, Adonis S. The Great Inscription of the Law Code of Gortyn. Heraklion, Mystis, s.d..

VERNANT, J.-P. “Le mythe hésiodique des races. Essay d’analyse structurale”. In: Mythe et Pensée chez les Grecs. Paris, Maspéro, 1965. Bd. I, S. 13-79.

VIAN, Francis. Les Origines de Thèbes, Cadmos et les Spartes. Paris, Klincksieck, 1963.

Téléchargements

Publiée

2023-03-04

Numéro

Rubrique

Artigos