Método experiencial e avaliação em profundidade: novas perspectivas em políticas públicas
Parole chiave:
Políticas Públicas, Avaliação em Profundidade, Método ExperiencialAbstract
O artigo apresenta duas propostas de avaliação de políticas públicas que se interconectam. A desenvolvida por Raul Lejano (2012), centrada na noção de experiência, e a desenvolvida por Lea Rodrigues (2008, 2011a) com foco em análise de categorias do entendimento, noções de tempo (percursos e trajetória) e espaço (territorialidade). Apresenta-se as duas propostas e, em seguida, de forma esquematizada, seus pontos de conexão e diferenciação. Por fim, se tomará um setor específico das políticas públicas, o turismo como estratégia de desenvolvimento, e se apresentarão alguns aportes analíticos com base nas referidas propostas.
Riferimenti bibliografici
ALVARENGA, A. T.; SOMERMAN, A.; ALVAREZ, A. M. S. Congressos internacionais sobre transdisciplinaridade: reflexões sobre emergências e convergências de ideias e ideais na direção de uma nova ciência moderna. Saúde e Sociedade, vol.14, n.3, p.9-29, set-dez/2005.
GEERTZ, C. A interpretação das culturas, Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
GLUCKMAN, M. Análise de uma situação social na Zululândia moderna. In: FELDMAN-BIANCO,
B. (org.). Antropologia das Sociedades Contemporâneas – Métodos. São Paulo: Global, 1987.
GOLDMAN, M. Os tambores dos mortos e os tambores dos vivos. Etnografia, antropologia e política em Ilhéus, Bahia. Revista de Antropologia, São Paulo (USP), v.46 n.2, 2003.
GONÇALVES, A. F. Políticas públicas, etnografia e a construção dos Indicadores socioculturais.
AVAL Revista Avaliação de Políticas Públicas, ano I, vol.1, n.1, jan-jun, 2008.
GONÇALVES, A.; SANTOS, C. S. Indicadores locais de sustentabilidade e a avaliação de políticas sociais: contribuições para a gestão pública. Gestão pública: práticas e desafios. Vol. IV. Recife: Editora da UFPE, 2010.
GUBA, E. G.; LINCOLN, Y. S. Avaliação de quarta geração. Campinas, SP: Ed.Unicamp, 2011.
GUSSI, A. F. Apontamentos teóricos e metodológicos para a avaliação de programas de microcrédito. AVAL Revista Avaliação de Políticas Públicas, ano I, vol.1, n.1, jan-jun, 2008. p 29-39.
HOLANDA, N. Avaliação de Programas. Conceitos básicos sobre a avaliação “ex post” de programas e projetos. Fortaleza: ABC Editora, 2006.
LEJANO, R. Parâmetros para a análise de políticas: a fusão de texto e contexto. Campinas, SP: Ed. Arte Escrita, 2012.
LITTLE, E. Ecologia política como etnografia: um guia teórico e metodológico. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 12, n. 25, p. 85-103, jan./jun. 2006.
MAGNANI, J. G. C. Etnografia como prática e experiência. Horizontes Antropológicos, ano 15, n.32, p.129-156, jul./dez. 2009.
. A etnografia é um método, não uma mera ferramenta de pesquisa que se pode usar de qualquer maneira. Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, v.43, n.2, p.169-178, 2012.
PEIRANO, M. A favor da etnografia. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995.
________. Etnografia não é método. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 20, n.42, jul. /dez. 2014.
RODRIGUES, L.C. Propostas para uma avaliação em profundidade de políticas públicas sociais.
AVAL Revista Avaliação de Políticas Públicas, ano I, vol.1, n.1, jan-jun, 2008, p. 07-15.
________. Análises de conteúdo e trajetórias institucionais na avaliação de políticas públicas sociais: perspectivas, limites e desafios. CAOS – Revista Eletrônica de Ciências Sociais, nº 16, mar. 2011a, p. 55-73.
________.Diretrizes da Política Nacional de Turismo e subsídios para a sua avaliação. Revista Gestão Pública: Práticas e Desafios, Recife, v.II, n.3, 2011b, p. 62-78.
________. Etnografia e método etnográfico: limites e possibilidades de sua inserção no campo da avaliação de políticas públicas. VII SEMINÁRIO DA REDE BRASILEIRA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO, Belo Horizonte, 2015.
URIARTE, U.M. O que é fazer etnografia para os antropólogos. Ponto Urbe 11, São Paulo, (NAU- USP) 2012.
VELSEN, J. A análise situacional e o método de estudo de caso detalhado. In: FELDMAN- BIANCO, Bela (org.). Antropologia das Sociedades Contemporâneas - Métodos. São Paulo: Global, 1987.
YANOW, D. Translating Local Knowledge at Organizational Peripheries. British Journal of Management, v.15, p.9-25, London, 200
________. Interpretive Empirical Political Science: What Makes This Not a Subfield of Qualitative Methods. In: Qualitative Methods Section (APSA), 2003.
________. Conducting interpretive policy analysis. Newbury Park, CA: Sage, 2000.
YANOW, D.; SCHWARTZ-SHEA, PEREGRINE (eds.). Interpretation and Method: Empirical Research Methods and the Interpretive Turn. New York: M.E.Sharpe Inc., 2014.