O habitar das infâncias na cidade: territórios educativos como uma forma de resistência

Autores

  • Alain Flandes
  • Vera Regina Tângari
  • Giselle Arteiro Nielsen Azevedo Arteiro Nielsen Azevedo

DOI:

https://doi.org/10.54948/desidades.v0i28.40425

Resumo

Este artigo propõe uma discussão acerca da criança como sujeito de direitos a partir de suas experiências espaciais e seu habitar na cidade. Ao pensar a criança como co-construtora desses territórios educativos, dá visibilidade a sujeitos que geralmente não têm oportunidades de opinião e participação em políticas públicas, em uma concepção das infâncias como cidadania crítica. Pretende-se valorizar a participação social como ação de enfrentamento para a retomada saudável das aulas e do espaço público, em espaços de aprendizagem outros que reconheçam a potência educativa da cidade. Com o Mapeamento Afetivo da cidade do Rio de Janeiro, os estudantes das escolas municipais descreveram os seus percursos casa-escola em diferentes contextos urbanos, além dos seus desejos para a cidade e o seu futuro. Pretende-se contribuir para a construção coletiva e compartilhada de subsídios ao plano de desenvolvimento sustentável - PDS conduzido pela casa aivil - Prefeitura do Rio de Janeiro.

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Publicado

22-12-2020