Reflexões sobre promoção de saúde na escola: invenções e possibilidades de uma extensão universitária
DOI:
https://doi.org/10.54948/desidades.v0i31.43839Palavras-chave:
vestibular, escola, promoção de saúde oficinaResumo
O processo de entrada no ensino superior no Brasil, conhecido como vestibular, é socialmente encarado como etapa essencial para a inserção dos jovens na vida adulta, sendo capaz de gerar grande impacto na saúde dos estudantes que se preparam para tal. O presente artigo discute a respeito de uma concepção de saúde e seu vínculo com a experiência educacional, abordando vivências de um Projeto de Extensão em Psicologia da Universidade Federal Fluminense, realizado em um colégio federal em Niterói-RJ com estudantes vestibulandos. A partir deste trabalho, buscou-se que os alunos se sentissem estimulados a pensar sobre o processo que vivenciavam, tomando a oficina e o grupo como dispositivos para a promoção de saúde na escola. O percurso do projeto contribuiu para o entendimento de que o coletivo opera, de fato, transformações no singular, possibilitando a construção de estratégias de enfrentamento e a potencialização desses jovens diante do processo vivenciado.
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