A curiosidade na adoção: terreno pantanoso ou saúde psíquica?
DOI:
https://doi.org/10.54948/desidades.v0i7.2631Resumen
Resumo
Este artigo aborda o tema da curiosidade no universo da adoção. São ressaltados os aspectos que indicam saúde psíquica, assim como aqueles que denotam um bloqueio de recursos pessoais essenciais ligados à busca de conhecimento. As angústias dos pais adotivos, seu medo de perder o filho, suas dificuldades em relação a viver o luto de sua esterilidade ou de reconhecer as diferenças entre eles e a criança, entre outras, podem levá-los a desestimular o adotado a pesquisar sua história. Da mesma forma, este último pode apresentar resistências a fazê-lo em função das dores inerentes a este processo. A possibilidade de sentir e de expressar curiosidade é considerada uma medida de saúde mental, especialmente na criança ou adolescente adotados, que têm diante de si a tarefa de construir um sentimento de identidade sólido apesar das lacunas e traumas vividos. É apresentado um caso clínico, no qual havia por parte dos pais intensa dificuldade em contar à filha que ela era adotada, o que resultava em prejuízos importantes no seu desenvolvimento. O trabalho psicanalítico com a criança e o acompanhamento regular em consultas com os pais permitiram que fosse retomado o caminho para o crescimento.
Palavras-chave: curiosidade adoção, pais adotivos, psicoterapia psicanalítica, dificuldades de aprendizagem.
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