As crianças no processo migratório: Uma realidade que continua vigente

Autores/as

  • Karina Benavides T.
  • Daniel Llanos Erazo

DOI:

https://doi.org/10.54948/desidades.v0i25.32404

Resumen

O processo migratório tem sido uma atividade constante para o ser humano desde o início, em nível global, e as razões pelas quais se toma a decisão de migrar respondem às necessidades de sobrevivência ao longo da história. No caso latino-americano e, particularmente, no do território equatoriano, a crise econômica e a instabilidade política levaram ao crescimento do desemprego e à instabilidade social. A referida migração foi realizada em condições de ilegalidade e por meio de grandes dívidas com pessoas ou entidades ilegais, que impunham juros elevados e, portanto, tais dívidas deveriam ser pagas o mais rápido possível. Para isso, aqueles que migravam tinham de enfrentar condições de vida quase sub-humanas, com o objetivo de economizar e poder enviar as remessas necessárias para o pagamento dos seus bens. Tal situação colocou quem migrava em posição heróica dentro do círculo familiar e da sociedade como um todo, porque, devido às remessas que chegavam ao país, e à dolarização, a economia conseguiu se estabilizar em nível nacional, aumentando a circulação do dinheiro e, com isso, o acesso a bens e serviços que anos antes não estavam ao alcance da população em geral, devido aos altos custos de aquisição. Neste contexto, a ausência de pais e/ou mães estava justiicada dentro do entorno familiar, recebendo carta branca em benefício de maiores acessos econômicos e práticas sociais diferentes das práticas dos progenitores.
palavras chave: migração, jovens, família, crianças.

Citas

CASTLES, S.; MILLER, M. The age of migration. International Population Movements in the Modern World. New York: Guilford Publications, 1993.

ESPINOSA, R. “Paradojas y complejidades de la emigração en el Ecuador”. Globalización, migração y derechos humanos. Quito: Ed. Programa Andino de Derechos Humanos, UASB-PADH, Unión Europea, COSUDE, Editorial Abya-Yala, 2004.

HERRERA, G. La migração vista desde el lugar de origen. Revista Iconos, v. 15, n. 1, p. 1–10, 2002.

GAITÁN, L. et al. Los niños como actores en los procesos migratórios. Implicaciones para los Proyectos de Cooperación. Quito: Editorial Abya Yala, 2008.

RAMÍREZ G.; RAMIREZ, P. La Estampida Migratoria Equatoriana. Crise, redes transnacionales y repertorios de acción migratoria. Quito: Editorial Abya-Yala, 2005.

VYGOTSKY, L. Pensamiento y Lenguaje. Buenos Aires: Editorial Paidós, 2009.

Publicado

2020-02-18

Número

Sección

TEMAS SOBRESALIENTES