Juventude e trabalho na perspectiva de trabalhadores do Sistema Nacional de Emprego (Sine)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.54948/desidades.v1i39.58722

Palabras clave:

juventude, SINE, profissionais, desemprego juvenil

Resumen

O objetivo deste artigo é apresentar um estudo que analisou as perspectivas dos profissionais do Sistema Nacional de Emprego (Sines) sobre a relação entre juventude e trabalho e o desemprego juvenil. Foi realizada uma pesquisa empírica de natureza qualitativa por meio de entrevistas semiestruturadas nas sedes dos Sines em João Pessoa, Paraíba, e região metropolitana. Os resultados evidenciaram a condição juvenil para os profissionais, a qual se encontra associada a um mercado de trabalho que muitas vezes exige requisitos que os jovens não atendem. Os entrevistados também manifestaram uma visão romântica sobre a juventude, o que pode interferir na forma como veem os desafios enfrentados pelos jovens na busca por emprego. Para eles, muitos jovens são considerados desqualificados para o trabalho e insuficientemente escolarizados. O estudo aponta para a necessidade de políticas públicas eficazes que possam abordar o desemprego juvenil como um fenômeno complexo e a juventude de forma ampla.

Biografía del autor/a

Wesley Jordan Pereira da Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Psicólogo graduado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Mestrando em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Membro dos grupos de pesquisa Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho (GEPET), Núcleo de Pesquisas e Estudos sobre a Infância e a Adolescência (Nupedia) e Grupo de Pesquisa Subjetividade e Trabalho (GPST).

Manuella Castelo Branco Pessoa, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Professora adjunta do departamento de Psicologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Mestre em Psicologia e doutora em Psicologia Social pela UFPB. Pós-doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Vice-líder do Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre a Infância e Adolescência (NUPEDIA). Pesquisadora vinculada ao Grupo de Pesquisa Subjetividade e Trabalho (GPST).

Citas

ABRAMO, H. W.; VENTURI, G.; CORROCHANO, M. C. Estudar e trabalhar: um olhar qualitativo sobre uma complexa combinação nas trajetórias juvenis. Novos Estud., São Paulo, v. 39, n. 3, p. 523-542, set. 2020.

ABRANTES, A. A.; BULHÕES, L. Idade adulta e o desenvolvimento psíquico na sociedade de classes: juventude e trabalho: In: MARTINS, L. M.; ABRANTES, A. A.; FACCI, M. G. D. (Org.). Periodização histórico-cultural do desenvolvimento psíquico: do nascimento à velhice. Campinas, SP: Autores Associados, 2016. p. 241-265.

ALBERTO, M. F. P. Pensamento crítico, formação de psicólogo e atuação junto à infância e juventude. Estudos de Psicologia, Natal, v. 17, p. 421-426, 2012.

BRASIL. Ministério do Trabalho. Cartilha de atendimento para trabalhadores jovens no SINE. 2017. Disponível em: <https://portalfat.mte.gov.br/wp-content/uploads/2018/05/CARTILHA_ATENDIMENTO_TRABALHADORES_JOVENS_SINE.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2023.

CARDOSO, A. Juventude, trabalho e desenvolvimento: elementos para uma agenda de investigação. CADERNO CRH, Salvador, v. 26, n. 68, p. 293-314, mai./ago. 2013.

CARDOZO, C. E. Juventudes, trabalho e educação no Brasil: dilemas e desafios. Rev. Educ., n. 163, p. 73-86, out./dez. 2020.

CIAVATTA, M. A cultura do trabalho e a educação plena negada. Revista Labor, v. 1, n. 5, p. 170-189, mar. 2017.

CODEFAT. Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Resolução nº 758, de 9 de março de 2016. Estabelece regras para execução das ações integradas do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda, no âmbito do Sistema Nacional de Emprego – SINE. Codefat, 2016. Disponível em: <https://portalfat.mte.gov.br/wp-content/uploads/2018/10/Res758.pdf>. Acesso em: 16 set. 2024.

COMIN, A. A. Entre a escola e o trabalho: a vida nada fácil dos jovens brasileiros, em 6 pontos. Nexo Políticas Públicas. 2023. Disponível em: <https://pp.nexojornal.com.br/perguntas-que-a-ciencia-ja-respondeu/2023/Entre-a-escola-e-o-trabalho-a-vida-nada-f%C3%A1cil-dos-jovens-brasileiros-em-6-pontos>. Acesso em: 16 set. 2024.

CONJUVE. Conselho Nacional de Juventude. Política Nacional de Juventude: diretrizes e perspectivas. São Paulo: Conselho Nacional de Juventude, Fundação Friedrich Ebert, 2006.

CORROCHANO, M. C.; ABRAMO, L. W. Juventude, educação e trabalho decente: a construção de uma agenda. Linhas Críticas, Brasília, v. 22, n. 47, p. 110-129, jan./abr. 2016.

CORSEUIL, C. H. L.; FRANCA, M. P.; POLOPONSKY, K. A inserção dos jovens brasileiros no mercado de trabalho num contexto de recessão. Novos Estud., São Paulo, v. 39, n. 3, p. 501-520, set. 2020.

FAT. Fundo de Amparo ao Trabalhador. Sistema Nacional de Emprego – SINE. Disponível em: <https://portalfat.mte.gov.br/programas-e-acoes-2/sistema-nacional-de-emprego-sine/>. Acesso em: 12 mai. 2023.

GOUVEIA, F. P. S. Faces da precarização do mundo do trabalho e a juventude sobrante. Estudos IAT, Salvador, v. 4, n. 1, p. 124-137, mar. 2019.

GUIMARÃES, N. A.; BRITO, M. M. A.; COMIN, A. A. Trajetórias e transições entre jovens brasileiros: pode a expansão aludir a desigualdades? Novos Estud., São Paulo, v. 39, n. 3, p. 475-498, set. 2020.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: primeiro trimestre de 2022. Disponível em: <https://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Nacional_por_Amostra_de_Domicilios_continua/Trimestral/Fasciculos_Indicadores_IBGE/2022/pnadc_202201_trimestre_caderno.pdf/>. 2022. Acesso em: 16 set. 2024.

______. Um em cada cinco brasileiros com 15 a 29 anos não estudava e nem estava ocupado em 2022. Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-

noticias/noticias/38542-um-em-cada-cinco-brasileiros-com-15-a-29-anos-nao-estudava-e-nem-estava-ocupado-em-2022>. 2022. Acesso em: 16 set. 2024.

MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed. São Paulo: Hucitec, 2014.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Estabelece as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. MS, 2012. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html>. Acesso em: 16 set. 2024.

NONATO, S. P.; DAYRELL, J. T. Juventude, trabalho e escola: reflexões sobre a condição juvenil. Trabalho & Educação, Belo Horizonte, v. 27, n. 1, p. 101-118, jan./abr. 2018.

NUNES, M. B. A.; FERNANDEZ, C. B. Estado, sociedade e políticas de trabalho e emprego voltadas para os jovens no Brasil. R. Katál., Florianópolis, v. 19, n. 1, p. 64-72, jan./jun. 2016.

OIT. Organização Internacional do Trabalho. Emprego juvenil no Brasil. s.d. Disponível em: <https://www.ilo.org/brasilia/temas/emprego/WCMS_618420/lang--pt/index.htm>. Acesso em: 12 mai. 2023.

PAULINO, D. S. A vivência do desalento entre jovens graduados: uma aproximação histórico-cultural. 2021. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.

REIS, M. C. Uma análise das características do primeiro emprego nas regiões metropolitanas brasileiras. In: CORSEUIL, C. H. L.; BOTELHO, R. U. (Org.). Desafios à trajetória profissional dos jovens brasileiros. Rio de Janeiro: IPEA, 2014. p. 141-156.

RIBEIRO, E.; MACEDO, S. Notas sobre políticas públicas de juventude no Brasil: conquistas e desafios. Rev. Cien. Soc., Montevideo, v. 31, n. 42, p. 107-126, 2018.

RIOS, C. F. M.; ROSSLER, J. H. O trabalho como atividade principal no desenvolvimento psíquico do indivíduo adulto. Psicol. Estud., Maringá, v. 22, n. 4, p. 563-573, out./dez. 2017.

ROCHA et al. Diferentes vulnerabilidades dos jovens que estão sem trabalhar e sem estudar. Novos Estud., São Paulo, v. 39, n. 3, p. 545-562, set. 2020.

SOUZA, C.; PAIVA, I. L. Faces da juventude brasileira: entre o ideal e o real. Estud. psicol., Natal, v. 17, n. 3, p. 353-360, dez. 2012.

SPOSITO, M. P.; SOUZA, R.; SILVA, F. A. A pesquisa sobre jovens no Brasil: traçando novos desafios a partir de dados quantitativos. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 44, 2018.

STENGEL, M.; DAYRELL, J. T. Produção sobre adolescência/juventude na pós-graduação da Psicologia no Brasil. Desidades, v. 14, p. 18-29, mar. 2017.

TOMMASI, L.; CORROCHANO, M. C. Do qualificar ao empreender: políticas de trabalho para jovens no Brasil. Estudos Avançados, v. 34, n. 99, p. 353-371, mai./aug. 2020.

Publicado

2024-11-07

Número

Sección

TEMAS SOBRESALIENTES