Poesia e composição -- diálogos (im)possíveis com Iacyr Anderson Freitas
DOI:
https://doi.org/10.35520/flbc.2013.v5n9a17200Resumo
É na abertura para as infinitas possibilidades de interpretação que a poesia de Iacyr Anderson Freitas se instaura em uma contemporaneidade em que pensar o sujeito é uma atividade complexa. Dentro de um escopo em que mistura as ideias de composição, o poeta desenvolve uma poética original e coloca em xeque problemas que vêm sendo discutidos desde a modernidade até nossos tempos líquidos. Atrai o leitor para seu universo, ao criar a literatura e sua realidade, ao forjar sua língua numa atitude propositiva, na busca de um limite, de uma extensão ao mesmo tempo palpável e inapreensível, provocando e arrastando correntes e correntezas que carregam a leitura, o concreto, os dias e os cabelos. Na falta de certezas com que nos brinda, na inquietação diária do não-saber, as perguntas, sempre necessárias, ressurgem: a criação deve se subordinar à comunicação? O autor desconhece ou nega o papel do leitor na criação? Há um ouvido que escuta a primeira palavra e uma mão que trabalha a segunda? Qual o sentido da regra? Qual a nossa necessidade? Perguntas para morar em nosso silêncio.
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