A violência oblíqua em “Onze de Maio”, de Rubem Fonseca

Autores

  • Filipe Manzoni Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

DOI:

https://doi.org/10.35520/flbc.2014.v6n12a17215

Resumo

O escritor mineiro Rubem Fonseca é conhecido pela destreza com que ficcionaliza a brutalidade urbana. Em vista da saturação do enfoque desse traço de sua obra, este ensaio privilegia o conto “Onze de Maio”, que é menos eletrizante, não comporta cena de sangue e tem a violência dissimulada pela coerção. Ambientado num hospício, o enredo dá conta de um desvario que, mais se esforça por virar motim, mais deixa ver seu próprio quixotismo, tanto quanto a implacabilidade da norma.

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Publicado

2014-12-30

Edição

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Artigos