Articulações e desarticulações: transversalidades dos códigos narrativos

Autores

  • Nízia Villaça Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.35520/flbc.2013.v5n9a17291

Resumo

As partículas “pós” e “re”, recorrentemente utilizadas para pensar a cultura contemporânea, nos servirão de mote para refletir sobre a evolução e os encontros entre literatura e jornalismo, incluindo o campo das novas mídias, caracterizado pela convergência de gêneros, variedade de suportes, interatividade e processos multimidiáticos. Para falar sobre a desfronteirização que se dissemina na comunicação contemporânea, com a crise dos padrões e distinções que acompanham a desregulamentação econômica, faremos uma breve retomada do projeto moderno, seu paradigma de racionalidade, dicotomias e definições para passar, em seguida, às recentes invocações de paradigmas emergentes, que encontrem soluções mais sensíveis e não impliquem o decreto de morte do humano, do moderno e até do pensamento.

Referências

ADORNO, Theodor W. “La situation du narrateur dans le romain contemporain”. In: ______. Notes sur la littérature. Paris: Flamarion, 1984.

AMORIM, Pedro. “Apresentação”. Comunicação & Política: pela Integração Latino-americana, v. 26, nº 1. Rio de Janeiro: Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), jan.-abr. 2008.

AVERBUCK, Clarah. Máquina de pinball. São Paulo: Conrad, 2002.

BARTHES, Roland. O grau zero da escritura. São Paulo: Cultrix, 1971.

BAUDRILLARD, Jean. A transparência do mal: ensaio sobre os fenômenos extremos. São Paulo: Papirus, 1990.

BAUMAN, Zigmunt. Vida de consumo. Buenos Aires: Fondo de Cultura Econômica, 2007.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução de Sergio Paulo Rouanet. Prefácio de Jeanne-Marie Gagnebin. 3ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.

BULHÕES, Marcelo Magalhães. Jornalismo e literatura em convergência. São Paulo: Ática, 2007.

CONDE, Miguel. “Aos 70 anos, Heloisa Buarque de Hollanda lança antologia digital, prepara biografia e foge dos chatos”. O Globo, 11 ago. 2009, p. 1. Segundo Caderno.

COSTA, Cristiane. Pena de aluguel: escritores jornalistas no Brasil (1904-2004). São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

CUENCA, João Paulo. Corpo presente. São Paulo: Planeta, 2003.

GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Tradução de Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.

JABOR, Arnaldo. “Caso Isabella: a dor da falta de sentido”. O Globo, 22 abr. 2008, p. 10. Segundo Caderno.

LUCAS, Fábio. Literatura e comunicação na era da eletrônica. São Paulo: Cortez, 2001.

PERRONE-MOISÉS, Leyla. Altas literaturas: escolha e valor na obra crítica de escritores modernos. 2ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

SANTOS, Boaventura de Sousa. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2009.

______. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo: Cortez, 1995.

SANTOS, Jair Ferreira dos. Breve, o pós-humano: ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: Francisco Alves; Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2002.

VIANNA, Luiz Fernando. “Mostra avalia literatura produzida na internet”. Folha de S. Paulo, 8 set. 2007, p. E4. Ilustrada.

VILLAÇA, Nízia. Paradoxos do pós-moderno: sujeito & ficção. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1996.

VILLAÇA, Nízia & SALGADO, Márcio. “Nos trilhos da ficção”. Jornal do Brasil, 2 set. 1989, pp. 6-8. Caderno Ideias. Prêmio Ideias Lufthansa de Ensaios 1989.

VIRILIO, Paul. A bomba informática. Tradução de Luciano Vieira Machado. São Paulo: Estação Liberdade, 1999.

Downloads

Publicado

2013-06-30

Edição

Seção

Ensaios