RONALDO LIMA LINS: “É engano pensar que teoria não tem a ver com imaginação”.

Autores

  • Caio Laranjeira Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Camilla Santero Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Lucinda José Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.35520/flbc.2011.v3n6a17350

Resumo

Ronaldo Lima Lins acumula duas vivências que poderiam levá-lo a alimentar uma certa distância em relação à nossa realidade: muitos anos na Europa e uma formação acadêmica de fôlego. Contudo, sua preocupação com o país é tamanha que o distanciamento propiciado pela morada no exterior e pela dedicação ao mundo dos conceitos serve à perspectivação emocionada do que somos.

Seus romances mostram a nação em sua atabalhoada marcha, com destaque para quem a pensa e quem a suporta: idealistas desencantados e desvalidos tornados delinquentes. Os primeiros tentam compreender o todo, avistar saída para a multidão. Os últimos sentem a sociedade como peso perverso. Todos partilham uma interioridade repleta de perguntas sobre o sentido da vida.

A delicada costura entre indivíduo e coletividade, teoria e práxis, pensamento e criação tomou boa parte do papo que Caio Laranjeira, Camilla Santero, Dau Bastos e Lucinda José e eu tiveram com Ronaldo Lima Lins, na Faculdade de Letras da UFRJ. O papel das humanidades num mundo dominado pela tecnologia, a importância de a arte insistir na experimentação e a certeza de o mundo não precisar ser tão mesquinho foram outros temas enfocados com didatismo de ensaísta e senso narrativo de prosador.

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Publicado

2011-12-30

Edição

Seção

Entrevistas