SÉRGIO SANT'ANNA: “O artista tem que ser corajoso”.
DOI:
https://doi.org/10.35520/flbc.2012.v4n7a17356Resumo
Sérgio Sant'Anna estreou em 1969 e, de lá para cá, publicou doze livros de ficção, além de dois volumes de poesia e uma peça de teatro. Sua prosa se compõe de contos, novelas e romances de uma singularidade tal que levou José Castello a afirmar alguns anos atrás que cada texto parece “reter o frescor da primeira vez”.
De fato, o escritor carioca vê o estilo não como marca de época ou de ego, e sim como consequência da busca de descobrir a configuração reclamada pelo conteúdo, que varia incessantemente. Essa percepção já havia levado Manuel Bandeira a diferenciar forma de fôrma e Clarice Lispector a falar em “procura humilde”. É traço da poesia e da prosa que, a partir da aragem libertária do início do século XX, intensificou o cultivo da autoconsciência e da afirmação artística.
Em conversa com Dau Bastos, Iorans Souza, Juliana Cardoso Lobo e Vaneska Prates, Sérgio Sant'Anna atribuiu essa visão da literatura ao convívio com a vanguarda mineira. Viagens e outras experiências consolidaram uma concepção da vida igualmente iconoclasta. O resultado perpassa sua obra, toda ela comprobatória de que, apesar da falta de pendor humano para a ética, a estética é um campo em que ainda logramos alguma vitória sobre nossa inevitável pequenez.
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