GUSTAVO BERNARDO: “O risco da experimentação é resvalar para o pedantismo”.

Autores

  • Beatriz Soares Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Dau Bastos Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Jaqueline Coriolano Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Paula Ferreira Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

DOI:

https://doi.org/10.35520/flbc.2012.v4n8a17359

Resumo

Quem vê o olhar sonhador de Gustavo Bernardo não faz ideia da importância da dúvida em sua vida. O mesmo homem amável com os semelhantes é um pensador desconfiado da bondade humana e um escritor capaz de tirar o máximo de proveito literário da falta de certezas.

Constata-se isso em sua multifacetada produção. Como ensaísta, Gustavo tem analisado o potencial do nexo entre ficção e ceticismo. Ao escrever para crianças e adolescentes, não chega a desfazer do amanhã, mas tampouco usa o otimismo como engodo. Na literatura dita adulta, nega-se a paparicar o leitor e se concentra nos elementos capazes de proporcionar fruição estética.

Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde dá aula de Teoria da Literatura, Gustavo se encontrou com Beatriz Soares, Dau Bastos, Jaqueline Coriolano e Paula Ferreira, com quem conversou longamente sobre seus textos, principalmente no tocante à maneira como foram construídos.

Cultivador de um criticismo a que também se expõe, fez incidir o foco sobre a escrita, mas teve o cuidado de conectá-la à edição e à recepção. Acabou transformando uma análise particular em visada dos grandes dilemas que a literatura ocidental enfrenta.

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Publicado

2012-12-30

Edição

Seção

Entrevistas