Fluxo e contrafluxo juvenil. <em>Garotos malditos</em>, de Santiago Nazarian
DOI:
https://doi.org/10.35520/flbc.2013.v5n10a17425Resumo
Este romance não quer convencer nem justificar-se: parte, isso sim, num contrafluxo estético de que resulta a quebra de determinadas represas matriciais do gênero a que pertence, como o excesso de personagens, de ações e reações mimetizando o universo dos games eletrônicos e do RPG. É o que faz sobretudo ao brincar (arriscadamente) com o dualismo entre bem e mal. As criaturas sobrenaturais criadas por Nazarian não são dotadas de bons sentimentos, não são exemplos de boa conduta. Nem mesmo o protagonista, aparentemente imune às zonas sombrias projetadas pelo corpo social asséptico, que se deseja positivo, do qual faz parte. Garotos malditos vale a leitura não como ficção à espera de interpretações profundas: sua proposta é contra o tédio, se possível, perturbando as convicções que procuram assentar normalizações; seu objetivo é divertir gente de corpo e/ou mente jovens; é pôr em coexistência todos os paralelos possíveis a fim de contribuir para alguma mudança no modo como se compreende a literatura (adulta ou juvenil) -- o que decerto agrada tanto aos apreciadores de histórias irrealistas quanto aos mais apegados à verossimilhança.
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