Dados cinéticos. “Deuses”, de Augusto de Campos

Autores

  • Maíra Borges Wiese Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.35520/flbc.2014.v6n11a17431

Resumo

Acreditamos que cabe aos deuses projetar nossos destinos. No poema cinético de Augusto de Campos, entretanto, eles surgem de maneira incomum. Parece haver um erro, uma contradição na associação das palavras “deuses” e “dados”. Deuses não podem doar “acaso”.  Mas, enfim, se os deuses nos doam dados, oferecem possibilidades, escolha, livre-arbítrio; e os deuses de Augusto parecem não pedir nada em troca (“dados doados doem”). O que faz, então, os deuses doerem? Não estão felizes com as escolhas feitas pelos homens? Há muitas razões para dizermos que não: não estão felizes.

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Publicado

2014-06-30

Edição

Seção

Resenhas