Roberto Piva <em>in</em> arquivos: uma escrita de “si”, muitas escritas do “eu”
DOI:
https://doi.org/10.35520/flbc.2018.v10n20a22862Palavras-chave:
Roberto Piva, poesia brasileira, arquivosResumo
Este texto é um dos desdobramentos de minha pesquisa de doutorado, cuja tese foi desenvolvida a partir da investigação dos arquivos do poeta paulistano Roberto Piva (1937-2010). O ensaio apresenta uma possível leitura de algumas notas de seus cadernos e manuscritos focalizando a perspectiva da subjetividade e as relações necessárias para que um devir possa ser delineado dentro das escrituras. Investigo, sob o prisma foucaultiano, a presença que o poeta deixa em seus arquivos através da imagem que promove de si mesmo, na medida em que se coloca como personagem e se permite confundir com os personagens de seus poemas. Há, consequentemente, uma discussão acerca do eu lírico e o lugar travestido que este ocupa na poética de Roberto Piva.
Referências
AGAMBEN, Giorgio. Profanações. Tradução de Selvino J. Assman. São Paulo: Boitempo, 2007.
BENVENISTE, Émile. Problemas de linguística geral. Tradução de Maria da Glória Novak & Luiza Neri. São Paulo: Editora Nacional; Edusp, 1976.
BARTHES, Roland. O rumor da língua. Tradução de Mario Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
BATAILLE, Georges. La experiencia interior. Tradução de Fernando Savater. Madri: Taurus, 1986.
COLLOT, Michel. “O sujeito lírico fora de si”. Terceira Margem, ano IX, nº 11, 2004, pp. 165-77. Disponível em: http://www.letras.ufrj.br/ciencialit/terceiramargemonline/numero11/NUM11_2004.pdf. Acesso em 26 de maio de 2018.
CULLER, Jonathan. Teoria Literária: uma introdução. Tradução de Sandra Vasconcelos. São Paulo: Beca, 1999.
DELEUZE, Gilles. La literatura y la vida. Tradução de Silvio Mattoni. Córdoba: Alción, 2006.
DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Felix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia 2. Tradução de Ana Lucia de Oliveira e Lucia Cláudia Leão. São Paulo: Editora 34, 1995.
FOUCAULT, Michel. Ditos e escritos V: ética, sexualidade, política. Tradução de Elisa Monteiro & Inês Autran Dourado Barbosa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
MEMORIAL PLURAL. “Entrevista com Roberto Piva”. São Paulo, s/d. Disponível em: http://www.memorial.org.br/cbeal/arte-em-palavras/roberto-piva/entrevista-com-roberto-piva. Acesso em 27 de maio de 2018.
PIVA, Roberto. Caderno de criação, 1980-90. Arquivo Roberto Piva. IMS-Rio.
______. Caderno de criação, 1989-93. Arquivo Roberto Piva. IMS-Rio.
______. Caderno de criação, 1993-94. Arquivo Roberto Piva. IMS-Rio.
______. Rumo a Cambuci. Caderno D. Arquivo privado. São Paulo, 1980.
______. 20 poemas com brócoli. São Paulo: Massao Ohno, 1981.
______. Diário estroboscópico de um pirata solar (fragmentos anárquicos). Caderno H. São Paulo: Flor & memória. Arquivo Privado. São Paulo, 1984/6.
______. Neon. Caderno A. Arquivo privado. São Paulo, 1985.
______. Jornada Xamânica I. Poema inédito. Datiloscrito. Arquivo Roberto Piva: IMS-Rio, 1989.
______. Caderno de memórias. Arquivo Roberto Piva: IMS-Rio, s/d.
______. Cerra da desordem (Maranhão). Caderno B. Arquivo privado. São Paulo, s/d.
______. Corações de hot-dog. Arquivo Roberto Piva. IMS-Rio, s/d.
______. Uma porta se abre para a noite aveludada. Caderno C. Arquivo privado. São Paulo, s/d.
______. Xamanismo e poesia. Manuscrito. Arquivo Roberto Piva: IMS-Rio, s/d.
PLATÃO. Diálogos: Mênon, Banquete, Fedro. Tradução de Jorge Paleikat. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d.
SARDUY, Severo. Escrito sobre um corpo. Tradução de Ligia Chiappini Moraes Leite et. al. São Paulo. Perspectiva, 1979.
SEVILLA, Ibriela Bianca Berlanda. “Todos os pivetes têm meu nome”: imagens da subjetividade nos arquivos de Roberto Piva. Tese defendida no Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis, 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam no Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea concordam com os seguintes termos:Os autores mantêm os direitos e cedem à revista o direito à primeira publicação, simultaneamente submetido a uma licença Creative Commons (CC-BY-NC 4.0) que permite o compartilhamento por terceiros com a devida menção ao autor e à primeira publicação pelo Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea.
Os autores podem entrar em acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada da obra (por exemplo, postá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial no Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea.