História de acordar casa-grande: a ancestralidade e a metapoesia de Conceição Evaristo
DOI:
https://doi.org/10.35520/flbc.2021.v13n25a42427Palavras-chave:
escrevivência, ancestralidade, metapoesia, Conceição Evaristo, negritude.Resumo
Conceição Evaristo – poeta, escritora e ensaísta mineira contemporânea – faz de seus poemas um lugar de resistência e de acolhimento para as vozes negras. Em sua poesia, Evaristo permite que gerações de vozes sufocadas encontrem um canal de expressão. A autora conjuga em sua escrita a negritude e a diáspora negra, através de um conceito crucial em sua obra: a escrevivência, que denota o entrelaçamento de suas experiências de vida como mulher negra com sua literatura. Evaristo evoca a ancestralidade e a descendência, usando a poesia como espaço da voz e dos sentimentos de uma comunidade que foi, e ainda é, marginalizada. Sua experiência pessoal se torna universal: é o confessional do indivíduo e de seu grupo. Analisamos de forma comparativa os poemas “Vozes-mulheres”, “Para a menina” e “De mãe”, buscando mostrar de que maneira esses temas figuram na poética de Conceição Evaristo, levando em conta aspectos formais e de conteúdo.
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