Outro defunto autor na literatura brasileira: masculinidades e relato pós-morte em Cloro, de Alexandre Vidal Porto
DOI:
https://doi.org/10.35520/flbc.2021.v13n26a47096Palavras-chave:
Alexandre Vidal Porto, defunto autor, masculinidades, relato pós-morte.Resumo
Este artigo analisa as semelhanças e diferenças entre o defunto autor Constantino Curtis do romance Cloro, de Alexandre Vidal Porto (2018), e o defunto autor já consagrado de Machado de Assis (2014), em Memórias póstumas de Brás Cubas, com ênfase na primeira obra. Na primeiras seção do artigo a análise está centrada, especificamente, nos aspectos temáticos relativos à adequação a um padrão de masculinidade e na composição do kit de homem de bem por parte de Constantino, diferentemente de Brás Cubas que representa aquilo que a sociedade espera de um homem. Na segunda seção, destaca-se os aspectos formais que envolvem o relato pós-morte dos dois defuntos autores. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica a partir do suporte teórico de Bourdieu (2012), Connell e Pearse (2015), Dalcastagnè (2012), Ginzburg (2012), dentre outros. Ao final do trabalho, compreende-se que o relato pós-morte, para Constantino, significa muito mais do que a liberdade de falar: é aceitação de si próprio e a análise acurada de uma vida protocolar.
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