Da masculinidade detetivesca à instabilidade de Espinosa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35520/flbc.2022.v14n27a55189

Palavras-chave:

masculinidades, ficção policial, instabilidade, detetive, Luiz Alfredo Garcia-Roza.

Resumo

Este ensaio busca analisar as masculinidades dos personagens detetivescos na ficção policial. Partindo do personagem Dupin, o detetive racional de Edgar Allan Poe, e passando por Philip Marlowe e Sam Spade, os detetives “durões” de Raymond Chandler e Dashiell Hammett, respectivamente, pretendo me ater ao detetive Espinosa, de Luiz Alfredo Garcia-Roza, selecionando para análise o romance O silêncio da chuva. Alio-me aos estudos de Connell e Messerschmidt, que entendem que os padrões de masculinidade não são estáveis, mas abertos a mudanças históricas. Enquanto os detetives clássicos ressaltam valores como racionalidade, valentia, virilidade e força, comumente atribuídos ao masculino pelo senso comum, o detetive contemporâneo, representado aqui por Espinosa, instável e multifacetado, subverte tais estereótipos, ressignificando o “ser” masculino.

Biografia do Autor

Marta Maria Crespo Rodriguez, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Literatura Comparada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2018), mestra em Literatura Brasileira pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2011), especialista em Literatura Brasileira pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2009) e graduada em Letras- Português/Literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2004). 

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Publicado

2022-12-21

Edição

Seção

Ensaios