“Progresso” e desumanização no romance 'A morte e o meteoro' (2019), de Joca Reiners Terron
DOI:
https://doi.org/10.35520/flbc.2024.v16n31e63157Resumo
Este estudo tem por finalidade compreender, a partir do texto literário, as contradições presentes no que muitos entendem como “progresso” e como a busca desenfreada por ele resulta na exploração da vida das pessoas, a negligência com elas e sua consequente desumanização. Assim, propõe uma análise do romance A morte e o meteoro, de Joca Reiners Terron, publicado pela primeira vez em 2019, que exemplifica bem essa problemática. A narrativa representa os males do processo de colonização na Terra, responsável por prejudicar fortemente ou destruir inúmeras culturas e civilizações, mas também faz um paralelo entre esse problema e uma possível colonização de Marte, o que leva o leitor a se perguntar por que, com tantos problemas ainda a serem resolvidos na Terra, já se busca colonizar outro planeta. Por meio de metodologia bibliográfica e comparativa, partindo do conceito de “outro”, desenvolvido por Todorov em A conquista da América: a questão do outro (1993) e que é descrito no livro Conceitos-chave da teoria pós-colonial (2005), de Thomas Bonnici, busca-se o entendimento de como, e por que, no livro de Terron, os povos originários são vistos como alienígenas em seu próprio mundo, chegando até mesmo a serem utilizados como cobaias, em prol do “avanço” científico, por aqueles que dizem protegê-los.
Palavras-chave: A morte e o meteoro; progresso; desumanização; outro; colonização.

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