A MORTE E A FAMÍLIA IMPERIAL: BREVES CONSIDERAÇÕES DAS ATITUDES PERANTE A MORTE NA CONSOLATIO AD LIVIAM (SÉCULO I A.C.)

Autores

  • Thiago Silvério Martins

Palavras-chave:

Império Romano, Morte, Memória, Família, Consolatória

Resumo

O modo como lidamos com a finitude humana diz muito a respeito das sociedades. Além da morte física, a morte social e seus aspectos culturais transformam-se num campo rico de investigação histórica, antropológica e também arqueológica. O estudo do campo mortuário tem se revelado como uma oportunidade para o entendimento de como os vivos manipulam os remanescentes físicos, atuam e percebem os rituais mortuários e selecionam as memórias do morto. Dessa forma, propomos apresentar, nesse artigo, uma breve análise das formas em que o contexto social da morte no ambiente imperial augustano evoca símbolos de poder; produz e promove a memória familiar e estabelece ligação com os aspectos filosóficos, religiosos, políticos e emotivos. Para investigar essas questões utilizaremos o texto da Consolatio ad Liuiam (séc. I a.C.), do Pseudo-Ovídio. O texto consolatório articula a domus de Augusto e projeta Lívia em face às questões que tangem a finitude humana, como a questão sucessorial. Permite, também, uma análise das formas didáticas encontradas no texto, pois evidencia as práticas religiosas e uma retórica que transmite os exempla.

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Publicado

2021-09-22

Edição

Seção

Artigos