Malala Yousafzai: uma memória que sobrevive às tentativas de mal de arquivo e pulsão de morte

Autores

  • Marisa Aparecida Loures de Araújo Barros UFJF

Resumo

O objetivo deste trabalho é apresentar os conceitos de Mal de Arquivo e de Pulsão de Morte, explorados por Jacques Derrida no livro "Mal de Arquivo - Uma Impressão Freudiana", aplicando-os na história de Malala Yousafzai. A paquistanesa tornou-se a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, devido à luta que trava pela defesa dos direitos humanos das mulheres e do acesso à educação em sua terra natal. o atentado que quase lhe tirou a vida e os ataques que ela vem sofrendo, desde então, e que ganham repercussão na mídia, podem ser lidos como uma clara tentativa de apagamento de sua memória. Malala teve a vida narrrada para crianças e adolescentes pela colunista dos jornais "O Estado de S. Paulo" e "O Globo" Adriana Carranca, em "Malala, a menina que queria ir para a escola". O livro-reportagem da jornalista será o ponto de partida para a discussão sobre uma memória coletiva formada em torno da garota. Malala aprendeu a lutar pelo direito de continuar estudando, e seu ativismo não nasceu com e por causa da fama mundial, conforme relatos apurados pela jornalista com moradorres de sua região. Para discutir os conceitos de Memória Individual e Memória Coletiva, buscar-se-á referencial teórico em Maurice Halbwachs. É por meio dos escritos desse autor que se pode pensar que a memória de Malala está preservada no oriente, na medida em que suas lembranças são compartilhadas por todo um grupo de meninas que foram obrigadas a deixar os bancos de uma escola.

Biografia do Autor

Marisa Aparecida Loures de Araújo Barros, UFJF

Mestranda pelo PPG em Estudos Literários da UFJF

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Publicado

2020-04-19