O filme "O poço" (Netflix): especulações de decupagens técnicas e intertextuais

Autores

  • Rafael Reis Farias

Resumo

No cinema, técnicas e análises elucidam noções interpretativas e conhecidas, em maior grau, apenas por pertencentes ao bastidor das produções cinematográficas. Nesse entendimento, o artigo em questão objetiva circundar os parâmetros etimológicos da palavra “cinema” para tecer especulações a respeito da organização das imagens e dos planos de câmera, no âmbito de facção, e intertextuais, no semântico. Portanto, toma-se a cinematografia para Adorno & Horkheimer (1947) e vale-se do filme “O poço”, dirigido por Galder Gaztelu-Urrutia, produzido e comercializado pela gigante do streaming Netflix desde 20 de março de 2020, como base. Para fundamentar metodologicamente as problemáticas, apoia-se em autores que discutiram sobre o assunto da cinematografia, para que assim se possa dar voz às compreensões quanto ao técnico, amparado nos planos das câmeras, e ao semântico/ interpretativo/ intertextual. A partir do filme “O poço”, foi possível entender os principais propósitos de certas decupagens, compreendendo que a disposição das imagens captadas pelas câmeras deve estar sempre a serviço da unidade do enredo, o que propicia coesão à produção (XAVIER, 2005). Essa via depreensiva também é responsável por fundamentar as relações “dialógico-intertextuais” com que é possível assimilar que a obra cinematográfica faça diálogo (BAKHTIN, 1988).

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Publicado

2022-06-11